Logótipo da Candidatura do FADO a Património da Humanidade

Está a ser discutido em Bali, Indonésia se o Fado deverá ser património Cultural Imaterial da Humanidade no panorama da UNESCO, estamos todos confiantes que isso irá acontecer visto que este tipo de música tem muita qualidade e representa um pouco da alma portuguesa e também devido aos comentários elogiosos á candidatura por parte da organização.

O nosso artigo não visa discutir esta possibilidade mas sim fazer um breve ensaio sobre o logótipo da candidatura.

A primeira coisa que queremos referir  é que não consideramos o logo à altura do desafio, pensamos que um símbolo de uma linguagem musical tão rica quanto o Fado deveria conter nele mais capacidade criativa e representativa da mesma. O logo configura-se a partir da palavra FADO numa tipografia que não sendo a Museo é muito aproximada tendo apenas a letra A diferente, ao F e ao A colocaram uma espécie de cachecol vermelho a substituir os travessões de ambas as letras ligando-as e criando um efeito de separação e segmanetação da palavra, ou seja FADO. Não conseguimos à partida encontrar nenhuma razão imediata a este pormenor, talvez seja uma referência aos lenços que o ícone do Fado Alfredo Marceneiro usava. Qualquer das formas este efeito de partição não nos parece nem propositado nem pertinente e cremos que tira a coesão da palavra e portanto retira um pouco de força ao conceito FADO.

Não podemos dizer que é um logótipo de má qualidade mas podemos dizer seguramente que o Fado tem na sua imagética símbolos poderosos ligados à nossa tradição como país que serviriam melhor de logótipo para uma candidatura como esta da maior importância para a personalidade e até turismo do país.

Retomamos os votos da integração do fado na lista do Património Cultural Imaterial da Humanidade e deixemos o design gráfico para segundo plano.

Silêncio que se está a decidir o nosso FADO!