Entrevista a Mike Buzzard da Cuban Council criador do logótipo do Facebook:
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Olá Mike, como conseguiste o prestigioso trabalho de desenhar o logo para o Facebook?
O Sean Parker contactou-nos no início de 2005 depois de ter tido uma referência nossa por um amigo dele. A nossa companhia tinha 3 pessoas na altura, os três fundadores: eu, o Toke Nygaard e o Michael Schmidt. Nós estávamos a organizar a nossa própria identidade corporativa e ainda não tínhamos nenhuns clientes fidelizados, avenças ou algo parecido, estávamos a trabalhar projecto a projecto.
Houve algum brief de design e se não houve como é que a direcção do logo foi decidida?
Não houve brief. Na altura o nosso processo era um pouco mais solto do que é agora. Maior parte das reuniões era com o Sean e uma vez foi com o Sean e o Mark no nosso escritório depois deles receberem o financiamento deles. Tivemos algumas reuniões no nosso escritório em San Francisco e também em Palo Alto, local onde eles se estavam a instalar na Emerson Street. O brief foi basicamente formulado durante as conversas nestas reuniões enquanto que a direcção do grafismo era baseada em selecções/desqualificações e posteriormente personalizações e refinações.
Como é que foi tomada a última decisão para ser um logo só com a palavra? Foi uma modificação de alguma tipografia existente ou foi feita de raiz?
Foi uma modificação da Klavika que foi desenhada pelo Eric Olson. O Joe Kral, designer gráfico e de tipografias, um amigo chegado que trabalhava frequentemente com a Cuban Council fez as modificações à configuração original enquanto eu supervisionei o processo.
Houve alguma razão especial para que o azul tivesse sido escolhido como cor principal da marca? Se sim, houve mais cores na selecção?
Experimentamos com várias cores mas o Mark estava muito decidido a usar o azul que derivou do original usado no “thefacebook.com” que ele escolheu baseado no seu daltonismo, disse-nos ele.
Ainda mantêm contacto com o Sean e o Mark?
Num determinado ponto o Sean perguntou-nos se estaríamos interessados em receber quotas da empresa pelo trabalho, mas como passamos por um crescimento entre 2000 a 2001 declinamos com confiança. Desde o projecto não tivemos muito contacto com o Sean mas já reunimos e trabalhamos com alguns dos seus representantes.
Como é que é saber que tiveram um valor fulcral no design de um dos logos mais icónicos do mundo digital moderno?
Quando o formulas dessa forma é um pouco intimidante. Penso que é uma questão de perspectiva– a perspectiva externa é que orquestramos um dos logos mais icónicos do mundo, mas para nós foi apenas mais um trabalho para uma start-up com pouco dinheiro que necessitava de um logo que durasse um bom tempo e que fosse bom. Penso que já estou dessensibilizado de tanto ver o logo e as variações do logo para todos os lados que eu olho- mas quando paro para pensar, diria que é pelo menos extremamente reconpensante.
Pretendemos fazer uma analise descontraída ainda que convicta dos nossos trabalhos e também dos trabalhos de outros designers...
Tentamos sempre ver os pontos positivos de cada caso e de igual forma os pontos negativos e expô-los perante o leitor que pode comentar os nossos textos e participar com a sua opinião acerca do que criticamos e do que criamos.
Gostei muito do site e muito da entrevista
gostaria de saber o que fez vc criar o fecebook