Logótipo para a “Woody Allen, queremos ver-te a filmar em Lisboa”

Tomamos conhecimento deste movimento pela imprensa e fomos cativados por ele desde o início, se o Woody Allen filmou por toda a Europa não é rebuscado que o faça aqui. O Woody Allen é um dos nossos realizadores favoritos e a vontade de participar neste movimento para trazê-lo ao nosso país para filmar uma longa-metragem foi imediata. Ao contactarmos o mentor desta acção ficamos a saber que havia interesse na nossa participação e as ideias que já estavam a maturar pelo nosso estúdio começaram a ser postas em papel e rapidamente este trabalho se tornou um dos mais desafiantes da nossa carreira. Construir um logótipo para um movimento desta natureza é muito diferente de projectar um logótipo para uma empresa e estava presente a esperança e ao mesmo tempo medo que o logo fosse visto pelo próprio Woody Allen.

 

Havia quatro coisas que era necessário mostrar de uma forma sumária como é apanágio dos logótipos, o Woody Allen, Lisboa, Portugal e Cinema. As primeiras abordagens iam nesse sentido, utilizamos claquetes, rolos de filme, câmaras de filmar, enquadramentos cinematográficos, entre outros juntamente com várias hipóteses com o Woody, em caricatura, numa foto trabalhada, apenas os óculos icónicos dele, a típico “uniforme” dele com o blazer, camisa e pullover. O Woody carrancudo, o Woody a sorrir, as ideias iam aparecendo cada uma mais segura que a outra. Lisboa apareceria como? Com a calçada típica? O eléctrico? O padrão dos descobrimentos? O skyline da cidade? A ponte 25 de Abril? A torre de Belém? Os corvos de São Vicente?


Houve um brainstorm intensivo, a conclusão foi que para representar Portugal podíamos recorrer a um símbolo inequívoco da nossa identidade aos olhos do mundo, os azulejos. Além de representativos os azulejos funcionam bem como plano de fundo dando colorido e complexidade à solução. Lisboa é representada pelos corvos de São Vicente, são símbolos bastante específicos desta cidade e existindo no logótipo da própria câmara municipal da cidade é porque têm força emocional e histórica para fazê-lo. Estes dois elementos estavam definidos, faltava agora descobrir a melhor forma para apresentar o protagonista do “filme”, o Woody Allen. Pesquisamos afincadamente retratos fotográficos, cartazes de filmes, caricaturas, desenhos etc. Depois de todo esse material à disposição desenvolvemos a nossa própria caricatura, trabalhamos uma das fotos mais icónicas dele e também uma silhueta da sua cabeça que tem um formato muito sui generis e logo bem identificável, em todas estas soluções estão incluídos os carismáticos óculos de massa.

Os nossos logos finalistas foram a votação por parte dos apoiantes da causa e o facebook acabou por ser a voz do “povo” que escolheu o logo da silhueta ficando em segundo lugar uma opção que contava com os “o” de Woody transformados em óculos, uma ideia nada original mas que fazia bastante sentido neste caso visto que o título do logo é tão extenso que se torna difícil o exercício de síntese.

Depois de escolhido o esboço trabalhamo-lo um pouco, melhorando a silhueta, os óculos, nariz e boca e distinguindo melhor a silhueta do fundo de azulejos. Foi um trabalho que como já dissemos foi algo difícil que criou alguns conflitos gráficos entre os nossos criativos mas no final todos ficamos satisfeitos com o resultado. Pensamos que conseguimos sintetizar os elementos que nos propusemos, o Woody claramente, Lisboa nos corvos, Portugal nos azulejos e o cinema está subentendido na própria personagem principal.

Resta-nos desejar boa sorte e muito empenho ao movimento e que o Woody venha mesmo ao nosso país para coloca-lo a brilhar numa das suas fantásticas histórias que vivem sempre entre o cómico e o mais profundo filosofar que retratam tão bem o seu criador.

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