Novo logótipo Banco Montepio

Menos um pelicano e menos legibilidade!

A Associação Mutualista Montepio tem sido bastante falada nas últimas semanas devido à polémica com o seu presidente Tomás Correia acusado de falta de idoneidade. Coincidentemente a imagem gráfica do seu banco mudou há poucos dias.

Pelo que lemos a ideia do novo logótipo do Banco Montepio é criar uma separação entre a associação mutualista e o banco. A empresa que desenvolveu a nova imagem foi a Label.

O logótipo anterior estava bem desenhado e tinha uma personalidade interessante mostrando dois pelicanos bastante bem estilizados, mãe e filho, num momento de carinho.  A tradição diz-nos que o pelicano é um símbolo por excelência do altruísmo.

Retiramos o seguinte parágrafo do site oficial: “Mitologicamente, esta ave marinha sempre foi vista como o expoente máximo do altruísmo, retirando de si para dar aos filhotes. A posição cabisbaixa que os pelicanos assumem quando alimentam as suas crias dá a sensação que é do peito que estão a tirar o alimento, ao invés de ser da bolsa onde guardam o peixe, como hoje se sabe.”

O Pelicano foi sempre o ícone associado ao Grupo Montepio desde 1840 como podemos ver na imagem de baixo retirada do site oficial. Foi evoluindo e sendo simplificado ao longo das décadas e nos anos oitenta contava com uma solução interessante na qual o pelicano se transformava num subtil “M”.

O amarelo torrado surge em 2006 quando é introduzida a imagem dos dois pelicanos.

O novo ícone conta apenas com um pelicano de cabeça erguida inserido num quadrado sem a curvatura do logo anterior perdendo um pouco da personalidade. O tom de amarelo é bastante mais brilhante do que o anterior o que faz com que perca muito do contraste e por consequência da legibilidade do pelicano. Já tivemos a oportunidade de ver a nova imagem aplicada em impressão numa das agências do banco e o amarelo tem uma performance muito fraca em termos de legibilidade, parece-nos incompreensível a escolha de uma cor tão pouco contrastante com o branco! O tipo de letra é na nossa opinião a única coisa que melhora com a nova imagem. É um tipo de letra actual com pormenores subtis mas interessantes nomeadamente a forma do “a” e do “p”.

Concluindo, o agora designado Banco Montepio tem um logo que desiste da relação dos dois pelicanos, muda o seu amarelo para pior devido à falta de contraste com o branco e ganha um tipo de letra mais interessante. A opção da cor parece-nos ser um ponto muito negativo que vai prejudicar a comunicação da marca.

Polémica da identidade do Porto, Berlim ou Praga

A polémica “estourou” pela internet e como de costume por trás dos computadores todos somos justiceiros e campeões da honestidade apontando com leviandade o dedo a inocentes da mesma forma que apontamos o dedo aos culpados. Como temos bastantes anos de experiência neste campo do design gráfico queremos apresentar uma perspectiva mais contida e realista do que poderá ter-se passado. Não queremos assumir uma posição de detentores da verdade, só queremos falar do que poderá ter-se passado num cenário no qual não existiu cópia mas sim uma coincidência.

A nova identidade gráfica do Porto galardoada com vários prémios de design foi alegadamente copiada por um estúdio alemão denomidado de 3BKE para um evento que visa promover o bairro de Friedrichshain-Kreuzberg  de Berlim. Os portugueses indignaram-se em massa e estão a tecer todo o tipo de comentários pouco abonatórios dos designers alemães que entretanto retiraram o seu trabalho da web, encerrando a página do Facebook onde mostravam a sua identidade gráfica que de facto é extremamente semelhante à do Porto como podem ver na imagem em baixo. Como soa toda a gente: ” até o ponto tem!”

fair berlin

O que maior parte das pessoas não sabe é que há alguns meses tinha sido o White Studio a ser “acusado” de copiar uma identidade gráfica de uma escola de design de Praga que data de 2012, imagem em baixo:

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Nós quando apareceu a imagem do Porto até referimos no nosso artigo a semelhança nas abordagens entre o White Studio e um dos outros estúdios que participaram no concurso o Atelier Martiño e Jana que também apostava num inúmero universo de ícones que mudavam e caracterizavam a cidade na sua múltipla condição.

A questão da cópia não é nova, sempre existiu e está bem presente numa frase conhecida de Picasso que diz que os “bons artistas copiam, grandes artistas roubam.” A inspiração nos outros sempre foi um método de evolução artística e desde que o homem começou a pintar as silhuetas das próprias mãos nas paredes das cavernas que o vizinho fez o mesmo. O artista seguinte imita o anterior e vai desenvolvendo o que o anterior tinha feito e assim a arte foi evoluindo feita de inspirações e revoluções.

Durante a nossa actividade já deparamos com algumas “cópias” do nosso trabalho e já “copiamos” inadvertidamente outros. Estão neste momento milhares de designers a ter ideias e a concretiza-las nos seus computadores, cadernos de desenho ou toalhas de mesa, como é óbvio alguns deles estão a desenhar exactamente a mesma coisa.

Não acreditamos nem que o “Porto” tenha copiado “Praga” nem que “Berlim” tenha copiado o “Porto”, o que se passou a nosso ver foi uma coincidência de fontes de inspiração. No design gráfico tal como nos outros campos do design existem tendências e o gosto dos designers vai sendo “moldado” por essas premissas, num ano é bom utilizar transparências e efeitos 3d no outro já temos que recorrer á bidimensionalidade e cores planas (basta vermos a linguagem Metro que hoje em dia tem um reinado forte no mundo do design gráfico e no qual estas imagens se inserem).

Se pensarmos como um processo de criação de uma identidade se desenrola, a complexidade que tem conseguimos vislumbrar que o estúdio berlinense não iria arriscar ao copiar a identidade portuense sobe a pena de ter o cliente insatisfeito e o seu bom nome na “lama”. Quanto à questão de retirarem o trabalho de cena como é óbvio mesmo que não tenham copiado não é bom para o evento este tipo de polémica, nem toda a publicidade é boa publicidade para contrariar  Brendan Behan.

Já nos aconteceu um caso parecido e por isso podemos falar na primeira pessoa, um cliente satisfeito e com um trabalho de qualidade (porque nem todos os clientes permitem um resultado de qualidade) passados alguns meses contacta-nos irado porque tinha visto em Londres um logótipo igual ao seu. A reacção dele foi pensar que tínhamos copiado o londrino e exigiu o dinheiro de volta ameaçando-nos processar se assim não acontecesse. Tentamos explicar da melhor maneira que este tipo de coincidências acontece e que com tantos logótipos a serem criados todos os dias é óbvio que tem que haver trabalhos semelhantes. Como não queremos ter logótipos no portefólio similares ao de outras empresas mesmo sendo noutro país propusemos ao cliente redesenhar a sua marca sem custos e optando por um design mais complexo e difícil de coincidir com alguma coisa já desenhada.

No mundo do design, quer seja gráfico, de produto, de moda, de arquitectura etc a probabilidade de estarmos a copiar inadvertidamente alguém é muito grande e temos que distinguir os que roubam dos que coincidem.

Por exemplo:

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Harpa dourada Transportes vs Ryan Air

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Barbosa Kebab vs Burger King ( versão BK )

 

Outra coisa que temos que ter em mente é que a escala das marcas conta nestes casos. Isto é se um evento em Berlim usa uma imagem (copiada ou não) semelhante à do Porto existe um conflito de marcas porque ambos têm visibilidade num mundo cada vez mais globalizado. Mas o logótipo de uma lojinha de rua  no Porto pode perfeitamente conviver com um logo semelhante de uma lojinha de rua de Berlim. No caso da Harpa Dourada e do Barbosa Kebab o uso flagrante de logótipos que toda gente conhece é um erro crasso visto que não tenta sequer disfarçar a apropriação indevida do trabalho/marca dos outros mas apenas personaliza a marca de acordo com a empresa do “ladrão”.

Concluindo, a proliferação de designers e a crescente procura dos seus serviços junto com as tendências ditadas por “iluminados” do design faz com que a coincidência de identidade gráficas seja cada vez mais uma realidade que temos que distinguir da apropriação ilegal de marcas.

 

 

 

Identidade: Horizonte Chic

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Como habitualmente depois de cimentado o design de um logótipo partimos para a exploração do mesmo nos vários suportes de estacionário. O logótipo da Horizonte Chic deu azo a uma solução não convencional na folha de carta, colocar o logo no canto inferior direito acrescentando uma linha que prolonga a base do desenho onde poisa o HC. Foi criado um horizonte mais extenso ao qual demos um aspecto mais fácil de ler acrescentando-lhe duas árvores estilizadas. Esta composição deiza o espaço da folha praticamente todo em branco reforçando o sentimento de horizonte, de céu, amplitude, natureza… Os dados técnicos foram colocados no canto superior esquerdo de modo a ser imediatamente apercebidos pelo observador. Conseguimos originalidade sem perder a funcionalidade, nos restantes suportes seguimos esta “regra” o logótipo é acompanhado da linha prolongada com as duas árvores e é colocado na base com os dados técnicos no topo.

Este foi um trabalho que nos deu bastante gozo visto ter dado para contornar a mais comum e aceite disposição dos elementos nos vários suportes, no papel de carta, a folha de fax, o cartão de visita e da empresa e o envelope.

Foi-nos incumbida também a tarefa de criar um reclame luminoso para o estabelecimento da Horizonte Chic, brevemente mostraremos esse trabalho.

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Vigie Solutions

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Farmácia Marília Fonseca

Criação de Logótipo para a FARMÁCIA MARÍLIA FONSECA , um estabelecimento em Álcacer do Sal.

O desafio foi-nos lançado de uma forma pouco comum, a cliente pretendia um logótipo para a sua farmácia que incluisse uma cegonha inserida numa paisagem do litoral alentejano. Começamos por apresentar três hipoteses em que uma era literalmente a ilustração de uma cegonha a sobrevoar a paisagem pretendida, a configuração do cenário estava inserido numa cruz, símbolo por excelência do negócio em questão. Outra hipotese foi inserir uma ilustração estilizada do perfil de uma cegonha numa cruz e a última era um símbolo mais abstracto em que a cegonha não figurava. A cliente embora tivesse uma ideia diferente ao ínicio gostou muito da segunda hipotese, a partir daí trabalhamos a mesma para esta ter uma imagem de rigor, profissionalismo e seriedade.

A Criação de Identidade Corporativa para esta farmácia foi relativamente fácil uma vez que tinhamos um elemento muito carismático como logótipo, usamos a estilização da cegonha como marca d’água o que agradou em pleno a cliente e trabalhamos as cores com cuidado para coincidirem com o símbolo.

Padaria Central da Vergada

Criação de Logótipo para a Padaria Central da Vergada, um pão quente e pastelaria.

O cliente abordou-nos de uma maneira muito assertiva dizendo que tinha contratado uma empresa de design que lhe projectou vários logótipos mas que nenhum lhe agradou, o cliente queixou-se da falta de originalidade e uso de lugares comuns como a pá de padeiro, a espiga de trigo e o chapéu de padeiro. Pretendia um símbolo moderno, que se libertasse de imagens pré concebidas mas que tivesse obviamente dentro do contexto do negócio. Apresentamos várias hipóteses dentro do que nos pediu e foi com entusiasmo que escolheu o logótipo que apresentamos neste blog, projectamos este símbolo com base em dois aspectos, a padaria ser denominada “central” e no aspecto da massa do pão, usamos as cores comuns no universo das padarias e dos seus produtos. O resultado foi um “alvo” com uma forma um pouco disforme à semelhança da massa que já referimos.

A elaboração da imagem gráfica estendeu-se aos veículos da empresa como podemos ver no exemplo acima apresentado, o logótipo foi colocado na carrinha de uma forma dinâmica, representativa e actual.

NOVITOP – Identidade Corporativa

Criação de Logótipo para a NOVITOP, gabinete de projectos, topografia e construção.

Esta solução consegue transmitir em pleno as várias facetas da empresa, é ao mesmo tempo a silhueta de uma casa (símbolo da construção) um conjunto de planos em perspectiva (símbolo do acto de projectar) e é seccionado com linhas paralelas a fazer lembrar os seccionamentos que se faz nas cartas topográficas, além deste conjunto de significados, o símbolo implanta-se num pequeno monte que faz a ligação perfeita com o título NOVITOP. O subtítulo totpografia, projectos e construção encontra-se imediatamente por baixo do título e acompanha-o em comprimento e em tom de cor.

Utilizamos o vermelho por ser uma cor  forte visualmente e ao mesmo tempo está ligada aos tons da terra e ao contexto da construção, o negócio Novitop.

Economato HVT

Criação da imagem corporativa para o HOSPITAL VETERINÁRIO DAS TRAVESSAS.

A imagem corporativa consistiu na aplicação do logo nos mais variados suportes desde o papel de carta aos envelopes dos medicamentos, criamos um estacionário cheio de vitalidade e com uma forte componente de personalidade como pretendia o nosso cliente.

Após a maturação da imagem corporativa encabeçada pela criação do logótipo houve uma cuidada aplicação das cores e formas advindas do nosso trabalho de design no estabelecimento do hospital que ficou assim com uma imagem muito forte e c ompletamente adequada ao serviço que presta, criando ambientes tranquilos e agradaveis de se viver.

Economato Chance

Criação de estacionário para a CHANCE.

Após a criação do logótipo e da aprovação pelo cliente, passamos á tarefa da criação de economato, ou seja o papel de carta, envelope, cartões de visita… A solução pela qual optamos foi a de utilizar o grafismo das riscas paralelas usadas no logótipo mas em vez de formar círculos as formas libertam-se em linhas fluídas e ondulantes, este tema foi utilizado em todos os suportes conferindo-lhes uma grande coerência e um aspecto muito dinâmico.

Foi-nos também pedida a criação de desdobrável publicitário para um congresso da especialidade, mais uma vez e de forma coerente foi aplicado o código gráfico criado para a Chance, provando aqui a sua polivalência.

EDIMEL – Materiais para Edificação

O desafio que nos foi colocado consistia no redesenho de um logótipo existente o que se revelou um repto díficil devido ao carácter datado do ponto de partida, um símbolo sem estrutura geométrica de um desenho muito espontâneo bem ao estilo do que se fazia nos anos 50 e 60.

Depois de uma cuidada análise ao modelo retiramos o mais importante no símbolo, isto é a figura feminina no duche. Construimos este logótipo com a missão de ele se identificar com o anterior e para tal utilizamos os elementos mais notórios do inicial, ou seja colocamos a personagem no duche e mantivemos a geometria dos “azulejos quadrados” que se viam no fundo. Esta opção confere aos dois símbolos uma ligação indiscutível indo assim de encontro ao que nos foi pedido.

Utilizamos uma paleta de cores que fomos buscar ao logótipo inicial, mais concretamente á tipografia “Edimel,Lda”. Estes tons de laranja são facilmente conotados com o contexto da construção sendo uma cor muito frequente nos locais de obras e nas imagens gráficas de empresas

ligadas ao ramo.

A tipografia utilizada é a Frutiger 55, uma tipografia que tem grande impacto visual e confere um aspecto de rigor, profissionalismo e credibilidade ao mesmo tempo que mantem a intemporalidade que se requer numa casa que está em funcionamento desde o inicio da decada de 60.

Logótipo original desenhado nos anos 60.

Logótipo original desenhado no inicio dos anos 60, e que foi o ponto de partida obrigatório para o nosso trabalho.

Na criação da identidade corporativa utilizamos elementos coerentes com o logótipo, neste caso os quadrados laranjas representativos dos azulejos que viamos no logótipo inicial que vinha dos anos 60. Estes elementos dão uma forte personalidade ao estacionário que prima pela simplicidade e funcionalidade das superficies susceptiveis de ser utilizadas para a escrita.

O economato tem a coerencia necessária com o logótipo e esse é um aspecto fulcral para o bom funcionamento da imagem corporativa.

Economato Caves Campelo

Imagem Gráfica para a Empresa de Vinhos Caves Campelo.