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O caso do logotipo do “McDonald’s” russo

Posted on 14 Junho, 202214 Junho, 2022 by ideoma

Espiões russos a plagiar logótipos portugueses?

Ontem surgiu uma discussão interessante sobre um possível plágio da marca que substituiu os restaurantes McDonald’s na Rússia denominada por “Saboroso, ponto”. Surgiu a hipótese que a marca teria plagiado um logótipo português, o da empresa de rações para animais Matosmix. Em baixo podemos ver o logo da Matosmix à direita.


Pelo que conseguimos perceber, os primeiros a apontar a semelhança foram bloggers russos e a partir daí, vários portais de jornais portugueses usaram o assunto como notícia. Até a TV noticiou esta situação, o jornalista e comentador da SIC, José Milhazes referiu o assunto no telejornal.
Temos que dizer que esta situação revela a enorme, e expectável, distância que existe entre o mundo do design gráfico e o mundo fora deste. Quem trabalha em design gráfico, tem noção que ao desenharmos um logótipo e apesar de tentarmos ser o mais originais possível, temos sempre o perigo de haver um logótipo similar desenhado previamente. Como designers temos que nos manter constantemente informados do que entra no mercado, do que já estava no mercado e também da história do design gráfico.

O universo do design de logótipos é muito extenso e mesmo um designer que se mantenha actualizado pode ter o infortúnio de “copiar” inadvertidamente um logo existente. Quando surgiu a nova imagem da cidade do Porto escrevemos vários artigos sobre o mesmo, um dos quais sobre a polémica que houve de um possível plágio da marca concebida pelo White Studio, podem ler o artigo aqui: https://www.logotipo.pt/blog/polemica-identidade-porto-berlim/.
Neste artigo tentamos distinguir um caso de coincidência de um caso de  plágio descarado. Quando o escrevemos nem sequer conhecíamos a imagem gráfica que o designer Otl Aicher fez para a pequena cidade de Isny nos anos 80 e que podemos ver como precursora da solução apresentada para o Porto. (em baixo)


Quando alguém opta por uma solução elementar como a que a empresa “Saboroso, ponto” ou a que a Matosmix apresenta, está bastante sujeita a ser acusada de plágio. Se temos uma solução que é muito “natural” e simples, é muito provável que outro designer tenha chegado ao mesmo resultado.

O primeiro pensamento que tivemos quando vimos esta imagem gráfica foi, compraram num stock de imagens! O logo pareceu-nos muito familiar, a solução é interessante, mas é uma solução comum, já muito usada, não só pela Matosmix, mas por inúmeras outras marcas do passado e do presente.

Um exemplo que temos que referir imediatamente é o logo que o designer Saul Bass desenhou para a Warner Music , há cerca de 50 anos, ou seja, anos 70. Neste caso é um W, mas a configuração é semelhante, duas barras grandes e uma mais pequena. No livro Logo Modernism 1940-1980, da Taschen, existe também um logótipo representando um W ainda mais similar e de 1970. Isto demonstra que a originalidade deste tipo de solução, tem no mínimo 5 décadas!

 

Hoje em dia existem muitas marcas que usam logótipo parecidos, podemos ver o caso da Airberlin, do Hotel Marriot, da plataforma Monday.com, da hamburgueria japonesa Mosburger e inúmeros outros logótipos que podemos facilmente comprar em websites de imagens stock.


Podemos ver em baixo um mosaico com bastantes logos similares retirados de vários portais de imagens stock.


Conclusão, consideramos muitíssimo improvável que a “Saboroso, ponto” tenha copiado o logótipo da Matosmix e consideramos muito provável que seja apenas mais um caso em que o designer e cliente se deram por satisfeitos com uma solução muito comum.
Os espiões russos andam ocupados com outras coisas!

Nota: Se descobrirem alguma imprecisão no artigo estamos disponíveis para modificá-lo, por favor contactem pelo geral@logotipo.pt

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Como criar um logótipo rápido, simples e quase grátis

Posted on 11 Outubro, 202111 Outubro, 2021 by ideoma

Em segundos veja o seu novo logótipo!

A logotipo.pt apresenta uma novidade, um serviço para quem necessita de um logo e quer obtê-lo por um método mais simples, rápido, muito barato e independente dos nossos designers.

Temos um novo software que conta com uma grande base de dados de ícones e tipos de letra e que poderá editar para ficar conforme pretender, com as proporções que pretender e a cor que preferir.

Vamos então passar a desvendar este novo método.

A primeira coisa que tem a fazer é aceder ao nosso site em www.logotipo.pt e escolher a opção da direita “Logótipo criado por si!”.

 

De seguida o software pede-lhe para Inserir o nome da marca, depois de inserir passa para a segunda página onde lhe pedimos o slogan ou subtítulo que deseja, ou eventualmente , se preferir pode ficar sem slogan/subtítulo. Após preencher carrega no botão Criar Agora.

Após clicar neste botão vai para uma 3ª página do software onde os logos estão a ser criados automaticamente. Nessa página pode também inserir uma palavra-chave no campo “imagem no Logo”. Neste campo poderá colocar o tipo de símbolo que quer que apareça no seu logo. Imagine que tem uma empresa de Jardinagem, neste campo pode colocar como palavra-chave, “àrvore”. Se eventualmente não lhe aparecerem resultados satisfatórios, tente outra palavra-chave do contexto, por exemplo “flor”, ou “folha”. Pode também fazer a procura utilizando inglês, “tree”, “flower”, “leaf”.

Depois de guardar os logos que gostou mais, nos favoritos, poderá ver a sua selecção no ícone do coração no canto superior direito.

Dentro da página de favoritos poderá editá-los como desejar, basta carregar no botão em baixo da imagem desejada, editar. Tem várias hipóteses de layouts, das relações entre símbolo e texto. Pode editar o nome da marca, escolhendo outro tipo de letra, outros afastamentos entre letras, outro tamanho de letra. Poderá fazer a mesma operação para o slogan /subtítulo.
Pode inclusivamente mudar o símbolo optando por qualquer uma das inúmeras sugestões que lhe aparecem neste menu.

Vai poder também mudar todas as cores que vê no logótipo.

Concluindo, nesta página poderá afinar o logótipo conforme achar mais adequado.

Depois de editar conforme pretende, todos os esboços que pretender pode carregar no botão finalizar para aceder ao último passo.

Este passo consiste em escolher a) apenas a imagem para usar no seu website ou b) um pacote identidade que inclui:

  • Imagens em alta resolução (web e impressão)
  • Ficheiros vetoriais prontos para impressão (escaláveis)
  • Múltiplas variações de cor
  • Kit de redes sociais e favicon
  • 4 tipos de cartões de visita (editável)
  • Guia da marca

e é ideal para:

  • Outdoors
  • Merchandise
  • Website
  • Vídeos
  • Branding

 

Depois de escolher qual o Pacote que melhor serve para o que tem em mente, vai ter que se registar indicando as suas informações ou da sua empresa, para efeitos de facturação e pagamento.

Após o pagamento receberá, por e-mail, a factura.

Receberá também um e-mail com um aviso que pode fazer download do pacote no website com todos os ficheiros e documentos a explicar como usá-los.

É desta forma que muito rapidamente consegue ter um logótipo para a sua empresa, ou marca!

 

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O novo logótipo da Frize

Posted on 3 Agosto, 2021 by ideoma

Entre montanhas e pássaros!

A Frize apareceu com um novo logótipo em 2020, o anterior datava de 2016. Antes desse existiram mais dois logótipos com o nome Frize, que apareceu em 1994.

Esta marca de água gaseificada tem bastante história, remontando a 1725 altura em que o médico real a classifica como “água benta” pelas suas propriedades alegadamente medicinais. Mais de um século depois, em 1893, começa a exploração comercial da água sobre o nome de Bem-Saúde.  Esta água tem a sua fonte em Trás-os-Montes e ultimamente, aposta numa imagem irreverente e numa forma inovadora de vender a sua água, muitas vezes misturada com sabores de fruta.

 

O primeiro logótipo era muito singelo, um círculo azul com texto bastante alto e com uma orla amarela, não era um logótipo especial ou original mas tinha alguma qualidade e cumpria a sua função competentemente.

Nas garrafas o círculo do logótipo dava lugar a uma oval alta que era o próprio rótulo e o texto ganhava uma sombra que lhe dava volume.

Na imagem em cima à esquerda podemos ver a imagem das montanhas que inspira o logo de 2020.

Em meados da primeira década de 2000 aparece um logótipo mais irreverente e espontâneo onde o círculo se transforma numa forma ondulante que faz lembrar uma gota de água. O texto, ainda condensado, fica com as pontas arredondadas. É mantida a orla amarela que dá uma espécie de brilho ao logo.

Todo o design gráfico das embalagens ganha frescura e dinamismo, apela a um consumidor mais jovem.

O logótipo de 2016 pretende, como confessou a marca, ser mais “adulto, urbano, trendy e descontraído”. Este logo quebra com a lógica do texto dentro de uma forma redonda. Surge com uma circunferência onde podemos ler “Vila Flor + Trás-os-Montes” e dentro da mesma várias circunferências e círculos mais pequenos que representam as bolhinhas da água. Estas bolhinhas saiam, ainda, da circunferência e aparecem em cima à esquerda e em baixo à direita. Por baixo deste elemento circular o texto Frize aparecia “modelado” sob o semicírculo inferior. O “R” da palavra Frize estende a sua perna e forma uma curva que pretendia lembrar um sorriso. Na nossa opinião é nesta curva que reside o pormenor menos bem conseguido deste logo, está demasiado perto do “I” o que causa um “estrangulamento” do espaço negativo e origina um pequeno desequilíbrio.

É em 2020 que a nosso ver aparece o melhor logótipo da marca e que é composto pela palavra Frize com um grafismo onde vemos o cume de duas montanhas e ao mesmo tempo dois pássaros em espelho a voar em direcções opostas. Segundo a marca, estes pássaros representam uma espécie muito abundante na região, os Papa-figos.  O símbolo da montanha faz todo o sentido e é fácil perceber porque, a água vem de uma profundidade de 2 mil metros nas montanhas transmontanas de Sampaio, em Vila Flor.

Como já referimos em cima, há um claro paralelismo entre este novo logo e as montanhas da embalagem inicial de meados dos anos 90.

O texto, tal como na versão anterior modela-se a partir do ícone, mas, desta vez, está colocado por cima e é a base das letras que é habilmente adaptada à forma triangular das montanhas/pássaros. Por baixo destes elementos aparece “Vila Flor” em arco.
No topo não foram esquecidas as bolhinhas de gás que “brotam” da letra “I”.

O tipo de letra é original e interessante possuindo umas subtis serifas que lhe dão um aspecto elegante.

A cor utilizada é um verde forte com um tom ligeiramente a pender para o azul e que nos remete para a natureza. Este tom funciona muito bem em termos de contrastes com o fundo branco dos rótulos.

Há um detalhe que pensamos que apesar de não prejudicar em nada o logótipo peca por não ser evidente. Poucas pessoas vêem os pássaros no logótipo, é um pouco como o caso da FedEx, que quase ninguém vê a seta “escondida”.

Consideramos este logótipo um excelente trabalho gráfico , é bastante simples, sucinto e com boa legibilidade. Ao mesmo tempo tem um simbolismo interessante e representativo na dualidade entre as montanhas e os pássaros. Um bom logótipo que integra um bom design nas embalagens.

 

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O novo logótipo da Burger King

Posted on 15 Março, 202115 Março, 2021 by ideoma

Novo, é como quem diz!

 

A Burger King mudou de logótipo, estava a utilizar um design de 1999 e repensa agora toda a sua identidade gráfica.
A solução encontrada, pelo estúdio contratado,  Jones Knowles Ritchie, foi buscar o logótipo anterior ao de 1999 tornando-o mais sofisticado, apurado e interessante.

Falando do logótipo de 1999, este era bastante bem conseguido, era uma versão mais moderna e dinâmica do logótipo anterior (e do novo!). Usava a mesma fórmula, um hambúrguer estilizado que continha o texto como se fosse a carne. Um arco azul à esquerda dava coesão e uma cor contrastante ao conjunto e portanto mais vitalidade.
Este logo tinha também uma linha ascendente na composição que contribuía para a dinâmica do logo.

A nosso ver, a nova solução é demasiado estática e chega com um ar datado. Tal como já referimos, este novo logo é superior ao logótipo da BK de 94, podemos observar o rigor da tipografia e até a correspondência da silhueta do pão que agora é mais realista, mas, no geral, a imagem perde vitalidade.

O logótipo de 99 também tinha alguns defeitos, muita gente não se apercebia que os elementos amarelos eram o pão e as letras vermelhas a carne. Talvez porque o pão tem uma espécie de brilho despropositado. A proporção do “pão” com a carne também estava mal conseguida, se fosse mais realista tendo em conta um hambúrguer verdadeiro ficaria mais perceptível a ideia do logo.

A perda do azul também nos parece um problema. Após 20 anos, a trilogia azul, vermelho amarelo, já estava bastante enraizada e agora perdendo o azul a impressão visual da marca muda consideravelmente.

A marca confessa que pretende uma ruptura. Recentemente a Burger King decidiu apostar na melhoria da matéria prima dos seus produtos. Esta mudança, segundo a marca, requer uma imagem menos artificial, mais identificável com a natureza, com a ecologia e com a origem natural dos seus produtos. O azul nestes termos é uma cor que não é coerente com esta nova ideia. Apesar disso talvez pudesse substituir o azul por um verde e aí manter alguma da vitalidade da trilogia de cores que tinha sublinhando a ligação à ecologia e à Natureza.

A marca refere também que pretende apelar à nostalgia e à autenticidade por ser algo que agrada aos millennials. Há uma negação do passado mais recente para recordar um passado mais distante.

O maior concorrente da Burger King, a McDonald’s, já tinha feito esta mudança de estratégia e de identidade gráfica há vários anos. Apesar disso, a McDonald’s foi muito mais subtil ao fazê-lo. Escrevemos sobre o assunto na altura, aqui.

Outra perda é ao nível do tipo de letra, a BK tinha um tipo de letra interessante, com alguma complexidade e que misturava os cantos arredondados com os cantos angulares, agora parece um tipo de letra simplório sem nenhum pormenor de originalidade. Nos produtos da marca aparece também um tipo de letra “groovy” típico dos anos 70. Mais uma vez uma referência ao passado e à nostalgia.

Pensamos que a melhor opção teria sido um design entre o antigo e o novo, não uma ruptura, mas sim, uma evolução tendo em conta a nova política da empresa. Um design onde claramente se notasse o hambúrguer e que perdesse o brilho que dava um ar metálico ao pão. Fizemos uma experiência rápida do que poderia ser o novo logótipo, se mantivesse elementos em comum com o design anterior, podemos vê-la em baixo.

Este parece-nos mais um caso de actualização de um logo aos padrões de hoje em dia que ditam uma bidimensionalização dos logótipos, muitas marcas estão a recorrer a este processo, basta pensar na VW, BMW, Nissan, Toyota, Microsoft, Mastercard, Euronews, Olx, Tripadvisor, Warner Brothers, Google, Juventus, McDonald’s… e muitas outras.

Outro pormenor interessante é o ícone BK, com esta mudança existe a mesma sensação de perda de vitalidade. O novo ícone BK parte de uma ideia interessante mas que nos paresse demasiado forçada para resultar bem, o topo e base do B são o pão e o meio a carne que também configura um K. 

Concluindo, a Burger King com a intenção de se apresentar mais ecológica e saudável perde a dinâmica que tinha. Aposta agora numa versão melhorada de um logótipo criado em 1969 para apelar à nostalgia do seu públçico-alvo. A nosso ver, é uma mudança demasiado vincada e a marca fica a perder com a mesma.

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O novo logótipo da Pfizer

Posted on 17 Fevereiro, 202118 Fevereiro, 2021 by ideoma

DA OVAL À ESPIRAL!

A Pfizer recentemente mudou de logótipo. A farmacêutica mais falada do momento, devido à vacina para a Covid-19, mostra ao mundo um novo logo que entra em ruptura com o anterior e consequentemente com décadas de história da marca.

A Pfizer tinha um logótipo muito bom, um grafismo simples onde o texto Pfizer com uma composição de letras bastante bem apurada corta uma oval em desequilíbrio. A cor, azul, era também uma “imagem de marca” visto que é um gradiente com tons bastante originais e identificativos.
Este design manteve-se praticamente igual durante 70 anos e percebe-se porquê, era um logótipo excelente, tinha impacto, uma boa legibilidade e só a forma oval azul chegava para a marca ser reconhecida.

O redesign esteve a cargo da empresa TEAM e, apesar de ser uma ruptura, este mantém alguns dos aspectos do logo anterior, nomeadamente as formas ovais e a ligadura entre o f e o i.

A Team explica que a Pfizer na última década mudou o seu foco e que a nova marca tenta sublinhar essa ruptura, tentam mostrar a transformação da empresa transformando também a sua identidade gráfica.

A evolução histórica do logótipo, como podemos ver em cima, parte de um design típico do século 19. A empresa é de 1849, e no seu primeiro logótipo vemos um círculo negro com o nome de um dos fundadores Charles “Chas” Pfizer , a sigla CPCo no centro, a cidade onde estava sediada e o área de actuação, “ manufacturing chemists”. Era um logótipo que utiliza a fórmula do seu tempo, é difícil avaliar um logótipo de há 170 anos!

Em 1948 aparecem as bases do logótipo que se manteve até 2021. Neste ano a palavra Pfizer, aparece inscrita num globo oval, onde vemos a marcações dos meridianos e paralelos. Este logo tem um tom creme com as letras castanhas. É nesta altura que aparece a solução da ligadura entre o “f” e “i” que se mantém até hoje. O logótipo era competente mas os tons do mesmo eram muito pouco apelativos.

Esta solução, felizmente, durou pouco e em 1950, a marca opta pela cor azul dentro da oval mantendo sensivelmente o texto inalterado na forma mas mudando a cor que se torna branco.

Nos anos 90 há uma actualização do design no qual o azul torna-se mais luminoso e “jovem”. Nesta actualização o texto abandona o aspecto clássico serifado, estas mantêm-se apenas no “P” e no “r”. A perna do “f” alonga-se até ao limite da oval que se torna mais alta.

Depois, em 2009, houve um redesign que trouxe dinâmica à oval rodando ligeiramente o seu eixo horizontal. A cor torna-se um gradiente com um azul muito luminoso que tinha bastante impacto. O texto aqui também perde totalmente as serifas.

Na nossa opinião, este passo gráfico foi o mais interessante e mais competente do historial da Pfizer.

O logótipo manteve a sua imagem de marca mas com a nova posição da oval e a opção sem serifas do texto transformou muito positivamente o logo. Este mostrava-se moderno e com bastante presença.

Chegamos ao logo de 2021, em que é pela primeira vez abandonada a solução de inscrever a palavra numa forma curvilínea. Neste logótipo, há uma espécie de desmaterialização da oval em duas partes que segundo a marca simboliza a espiral do ADN. Há uma vontade de marcar uma nova posição da empresa, como disse a TEAM. Se olharmos com atenção vemos que a oval típica da marca se inscreve entre os espaços das duas tiras mais compridas. Há, apesar de tudo um esforço para se notar uma linha de continuidade.

O problema, a nosso ver, é que o ícone parece-nos demasiado banal, já vimos este tipo de solução demasiadas vezes. A Pfizer perde originalidade e perde a personalidade forte que adquiriu nas últimas décadas. Consideramos também que sofre por mudar os tons de azul que eram tão característicos. Este novo design talvez resultasse melhor mantendo as cores. Os novos tons parecem-nos não resultar em conjunto e o tom mais escuro fica um pouco indefinido entre o roxo e o azul-escuro.

Quanto ao texto, a fórmula é mantida mas agora utilizando a tipografia Noto Sans, desenhada pela Google e que tem bastante qualidade e permite aplicação em inúmeras línguas.

Conclusão, apesar de o novo logo ter qualidade, consideramos que a marca fica a perder com esta actualização. A tarefa não era fácil mas a escolha por um ruptura tão acentuada deixa a marca com menos impacto.

No site global da farmacêutica já podemos ver o novo logo em uso, na versão “.pt” ainda conta com a versão anterior.

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Novo logótipo d’A Loja do Gato Preto

Posted on 26 Outubro, 202026 Outubro, 2020 by ideoma

Perde “A loja” e a alma!

A Loja do Gato Preto agora é apenas Gato Preto, uma mudança que nos parece positiva. O nome torna-se visualmente mais simples e mais fácil de dizer.

Em relação ao logótipo consideramos que se distanciou demasiado do anterior e da personalidade da loja.

Como podemos ver na imagem em cima, o logo começou por ser, nos anos 80, um simpático gato preto em cima de umas telhas, um gato preto em cima do telhado.

Depois, no início da década passada, houve um redesenho que deixava as telhas e introduzia um coração em torno do gato, o logótipo melhorou bastante e havia uma conceito interessante que dava um significado ao logo, “De Coração”. Este design era de Susana Lousa, e facilmente ela explicou a ideia por trás da forma mostrando uma peça da loja com um coração desenhado e que estava 100% em sintonia com a alma da loja. A introdução do título na forma do coração não foi a melhor opção visto que tornava o texto difícil de ler.

O logótipo que nos aparece agora, corta completamente com o historial gráfico.

É simplesmente a silhueta da cabeça de um gato delineada, indo pela tendência actual dos ícones de “uma linha”.  O texto “gato preto” aparece em baixo como base. Fez-nos pensar imediatamente no logo da Whiskas, principalmente pelo tipo de desenho do ícone.

A marca diz que a intenção foi tornar a identidade mais “forte e sofisticada” e o CEO da empresa diz que:

“enquanto marca, sentimos o dever de ouvir os nossos clientes, de estar atentos às novas tendências do mercado, de forma a dar-lhes as melhores soluções. Sem perder as raízes, pretendemos transmitir um mood mais arrojado e cool, enquanto apostamos na inovação e em dar vida aos espaços”.

Acreditamos que falharam nestes objectivos, é verdade que talvez tenha ganho em sofisticação mas perdeu na força, quanto a ser arrojada e cool também não nos parece ter sido um objectivo atingido, o novo logo é genérico e inexpressivo, perdeu completamente as raízes.

Também dizem que a nova marca foi inspirada pela audição dos gatos!

Não conseguimos perceber como é que a audição é o sentido que valorizam para uma marca de decoração! Parece-nos que o sentido mais popularmente celebrado dos gatos é a visão e estando a falar de uma loja de objectos decorativos teria muito mais lógica basearem-se na visão do gato e não na audição. Parece-nos um argumento pensado à posteriori.

A opção de tornar a marca apenas Gato Preto é, como já dissemos, bastante interessante. A marca já se integrou o bastante no mercado para poder fazer esta mudança. O tipo de letra utilizado também nos parece uma boa escolha, é simples mas tem personalidade dada pelos recortes diagonais nos topos dos caracteres. Este corte faz uma boa conexão com as orelhas do ícone do gato.

O problema é a silhueta do gato, vemos vários problemas com esta opção, (a) a marca chama-se Gato Preto mas depois o que vemos é uma cabeça de um gato que para todos os efeitos é branco, (b) o ícone utilizado é demasiado genérico, parece ter sido retirado de algum portal de ícones grátis, e principalmente, (c) o logótipo é muito pouco representativo da personalidade da loja. Quem conhece esta cadeia de lojas sabe que os artigos que vende são peças que assentam numa lógica que vai desde uma espécie de estética de artesanato à estética das antiguidades. O logo é demasiado despojado para representar este tipo de produtos.

 

Tentando perceber como a marca poderia ter evoluído, sem dar um passo maior do que a perna, fizemos um esboço do que consideraríamos ser uma boa solução.

O gato tem uma cara simpática que toda a gente reconhece, é um design gráfico mais “humano”, mais desenhado, com um bom pormenor na transição dos bigodes do preto para o branco, um nariz e uns olhos expressivos. A marca manteria uma linha de continuidade com o passado mesmo com um toque moderno mas não deixando de ser representativo da alma da loja.

Basicamente é a mesma coisa que o Starbucks tem feito com o seu logótipo, vai focando um pormenor do logo inicial, mantendo uma linha gráfica reconhecível.

 

 

Concluindo, na nossa opinião o novo logótipo não se adequa a uma marca que já tem mais de 3 décadas e que agora aparece completamente diferente, mantendo o mesmo tipo de produtos e de público-alvo.

Nota: Se repararem em alguma imprecisão ou erro por favor enviem e-mail para geral@logotipo.pt

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Farfetch tem novo logótipo

Posted on 11 Setembro, 202011 Setembro, 2020 by ideoma

O unicórnio tem um novo look!

A empresa Farfetch é bastante conhecida e tornou-se um ícone para todos os empreendedores portugueses, uma empresa “unicórnio” que todos anseiam imitar para chegar rapidamente ao sucesso e aos lucros milionários.

A nós interessa a mudança do logótipo que aconteceu recentemente e que, como de costume, está a criar alguma estranheza pelas redes sociais.

A empresa tinha um logótipo interessante, com personalidade e que parecia representar bastante bem a sua identidade. O logótipo começou por ter alguma cor, era apenas composto por um tipo de letra muito ortogonal, simples e com pormenores interessantes onde se criaram efeitos que simulavam dobras nos diferentes caracteres. Com uma economia de recursos criava-se um logótipo adequado e com alma.

Os pormenores de cor posteriormente foram eliminados tornando o logo menos dinâmico, mas conservando a sua imagem de marca. Como podemos ver em cima, o logo perde as “dobras de cor”, tornando-se mais formal e elegante. Pensamos que foi um sinal do amadurecimento da marca que se insere no mercado da moda onde a monocromia do design gráfico impera.
Era um tipo de letra interessante e que se relacionava facilmente com a importante vertente tech da empresa.

Neste momento aparece um logótipo no website que é simplesmente a palavra FARFETCH utilizando a Helvetica Extended. À primeira vista, parece-nos uma solução completamente sem imaginação, sem alma, sem criatividade… mais uma marca que opta por este tipo de solução genérica, que nos parece não estar ao nível de uma empresa do calibre da Farfetch.
Junto com o aparecimento desta palavra em Helvetica aparece um ícone FF que poderia ser interessante se o tratamento gráfico fosse mais aprimorado. Este ícone aparece nas redes sociais e no favicon do website.

Procuramos pelas redes sociais mas não encontramos o ícone e a palavra utilizados em conjunto. Seria interessante ver se vão funcionar sempre separados ou se existe a possibilidade de funcionarem juntos. O ícone é composto por dois Fs encaixados partilhando a linha horizontal inferior. É um ícone já bastante explorado em outros logótipos e por vezes com melhores resultados. No exemplo em cima podemos ver um trabalho de um designer (Evan Delagrange) de 2018 que encaixa os dois caracteres de forma mais harmoniosa apostando em curvas concêntricas na dobra dos F. Parece-nos que esta solução teria sido mais feliz para o ícone.

Analisando a palavra FARFETCH e o ícone FF, ficamos com a impressão que têm estilos diferentes, os Fs da Helvetica são feitos com ângulos de 90º e o ícone com curvas. Talvez tivesse sido interessante modificar ligeiramente a palavra para partilhar esta características com o ícone. Podem ver o que acham desta solução no esboço que fizemos, em baixo.

Quando escrevemos sobre o novo logótipo da Zara, descobrimos que muitas das marcas cimeiras do mundo da moda, onde a Farfetch opera, estão a passar por uma simplificação dos seus logótipos para tentar apelar a um público mais jovem.

Temos inúmeros exemplos como a Burburry, a Saint Laurent, Berluti, Balmain entre outras. Lemos também que esta simplificação procura um sentimento de intemporalidade e de sofisticação que comparam a um smoking. Se pensarmos bem, realmente o smoking é um item de vestuário que é quase similar em qualquer marca e que tem a tal intemporalidade mencionada. O problema é que além dessas duas características tem falta de originalidade, tem uniformidade e passa uma imagem de falta de criatividade. As marcas de moda não são smokings, são as suas colecções, são cores, são soluções inovadoras, padrões inusitados e muitos outros aspectos de grande originalidade! Parece-nos que no mundo das marcas de moda, além da intemporalidade interessa a originalidade, a distinção e a irreverência!

Apesar de alguns destes logótipos serem interessantes pelas opções de tipografia utilizadas a Farfecth utilizando a Helvetica Extended, uma tipografia tão utilizada que perde qualquer tipo de demarcação, é genérico e bastante básico o resultado. Uma espécie de marca branca sem personalidade, insistindo, sem alma.

No Facebook da marca apareceram de imediato vozes a pedir o logótipo antigo de volta, vozes a dizer que o novo ícone se se espreguiçar poderia ser uma suástica e outras comparando o novo logo a um logótipo da fórmula 1 dos anos 70!

Sabemos muito bem, que toda a mudança traz críticas, umas bem aplicadas e outras disparatadas. No nosso campo, do design gráfico, é certo que muita gente se vai opor a qualquer mudança mas temos que concordar que esta não foi para melhor.

Se descobrirem alguma imprecisão no artigo estamos disponíveis para modificá-lo, por favor contactem pelo geral@logotipo.pt

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Covid-19, uma paragem que pode ser produtiva

Posted on 16 Março, 2020 by ideoma

Tirar algo positivo de uma situação muito negativa!

 


Como com certeza está bem ciente, o mundo em algumas semanas mudou bastante.

Estamos todos a fazer os possíveis para encarar a pandemia do Covid-19 da melhor forma.
Nos nossos escritórios, na semana passada, tomamos a decisão de pedir a todos os colaboradores para trabalharem em casa. Actuámos numa área perfeitamente susceptível de ser trabalhada a partir de casa e como tal foi uma decisão fácil de tomar.

Este artigo serve para tentar retirar alguma positividade de uma situação profundamente negativa. Estamos a sugerir que neste momento de “clausura” usemos o nosso tempo para planear o futuro.
Na última semana temos tido um aumento da procura dos nossos serviços e isso deve-se muito provavelmente ao facto das pessoas estarem em casa com tempo para colocarem em andamento os projectos que tinham nas gavetas.
O nosso trabalho faz-se normalmente via web, e como tal, este momento é perfeito para, quem tiver projectos que precisem de logótipos e identidades gráficas, pôr mãos à obra e falar connosco.

Nós trabalhámos num regime que fomenta o diálogo com os clientes para que de uma forma relativamente rápida ajudá-los a encontrar a marca que têm em mente.

Para colocar o seu projecto em andamento basta encomendar o pacote de serviços que mais se adequa ao que necessita. A partir daí começará um diálogo que resultará num logótipo e/ou identidade gráfica para a sua marca.

Para ter uma perfeita noção de como trabalhamos podem estudar o nosso processo do princípio ao fim aqui.

Temos o Pacote Logotipo no qual desenvolvemos apenas o logótipo, trabalhando um mínimo de 4 esboços iniciais e trabalhando os mesmos até chegar a um logótipo final do agrado do cliente. O Pacote Identidade é basicamente o Pacote Logótipo com o acréscimo do design da identidade gráfica (cartões, envelopes, capa de processo, carimbo e papel de carta). Temos também o Pacote Executivo que acrescenta ao Pacote Identidade um extra, normalmente o design da decoração de uma montra, de uma viatura, um folheto ou algo do género.
Em todos os casos no final do processo fornecemos ficheiros de alta qualidade e em formato vectorial que permitirão sempre impressões de alta qualidade.

Conclusão, estamos a viver uma época sem paralelo em tempos recentes, uma altura propícia para parar, pensar e planear. Podemos aproveitar para potenciar este tempo de paragem “obrigatória” para entrar no futuro com mais segurança e à frente dos nossos concorrentes.

Nota: fazemos votos de que estejam todos em segurança e a conseguir ultrapassar esta situação da melhor forma, tomando as devidas precauções e evitando comportamentos de risco.

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Nova identidade gráfica de Aveiro

Posted on 17 Outubro, 2019 by ideoma

Uma cidade que tem um porto!

Recentemente surgiu a nova imagem gráfica da Câmara Municipal de Aveiro e com ela uma grande surpresa!

O design esteve ao cargo da conceituada agência Providência Design, também autora da identidade da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, São João da Madeira, Ílhavo, Guimarães, Coimbra, Paredes (entretanto substituído), Penedono (entretanto substituído), entre outros. A solução gráfica aparece-nos como bastante similar à marca do Porto pelo White Studio. Escrevemos dois artigos sobre esse trabalho, na altura que apareceu, aqui e aqui.

O logótipo aparece, tal como no do Porto, com o nome da cidade dentro de um rectângulo. Por baixo, um rectângulo igual com as palavras Câmara Municipal. À semelhança do Porto, a cidade ganha na sua identidade gráfica um conjunto de ícones inseridos em quadrados. Estes ícones, como no Porto, representam as várias valências da cidade, neste caso, as Salinas, os Moliceiros, a Buga, etc.

Outro problema que esta identidade gráfica tem, concretamente no logótipo, é que optaram por suprimir a coluna do “R” tornando a palavra AVEIRO susceptível de parecer AVERO. Para os portugueses isto não será um problema grave, mas visto que a cidade está repleta de turistas parece-nos uma opção errada.

A semelhança com a identidade do Porto faz-nos pensar que a proposta da White Studio fez uma verdadeira “escola” no nosso país. Muitos municípios estão a recorrer a esta estratégia para representar as suas cidades. Já conhecíamos o caso de Boticas, de Tomar, e de outras embora não no mesmo estilo, como Valongo.

A estratégia de “iconizar” o que uma cidade tem de especial é muito boa e é muito interessante e representativa. Esta estratégia já existe há décadas e talvez o primeiro a ter pensado na mesma tenha sido o Otl Aicher (o designer dos pictogramas olímpicos mais famosos de sempre). Ele desenvolveu para a cidade de Isny im Allgäu, nos anos 70, uma imagem gráfica simples com inúmeros ícones que retratam inúmeros aspectos da cidade alpina num estilo muito minimalista, monocromático a preto.

A própria agência Providência Design já tinha soluções do tipo, como por exemplo em São João da Madeira cujo logo se desdobrava em ícones utilizando a mesma linguagem do logo da câmara. Tinha também um logo da Câmara Municipal de Penedono que já preconizava esta tendência de design muito despojada e inserida em quadrângulos. De certa maneira já tinham trabalhado identidades com o mesmo espírito. O problema de Aveiro é que é extremamente parecido com o trabalho para o Porto.

O sucesso desta receita faz-nos questionar se o “plágio” está justificado quando um designer tem a noção que a solução é vantajosa para uma cidade. Ou seja, será que a eficácia é mais importante do que a originalidade? Se o Porto teve tanto sucesso com a identidade gráfica porque é que Aveiro não poderia recorrer à mesma técnica? Respondendo a isto, talvez porque resulta numa uniformização, uma solução estandardizada para tratar identidades de cidades. Se várias cidades utilizam o mesmo design a identidade inicial, a do Porto, perde força e personalidade. Já a solução do Porto tinha sido acusada de plágio devido à semelhança com a identidade de uma escola de artes de Praga, podem ler aqui um artigo sobre a polémica.

Conjunto de ícones “one line” relativos ao Canadá

Também devemos distinguir a estratégia em si (que é usar ícones representativos da cidade) do próprio estilo gráfico dos ícones feitos apenas com linhas, não recorrendo a manchas. Ora, entre Porto e Aveiro podemos notar que a receita é tão forte e aceite que nem o estilo gráfico se distingue. Boticas e Tomar também utilizam ícones minimalistas baseados apenas em linhas.

Poder-se-ia, para obter alguma originalidade e distinção, adoptar a estratégia dos ícones mas variar o estilo gráfico. Como fez a Câmara Municipal de Beja por exemplo. A uniformidade deve-se, na nossa opinião, a uma moda que já vinha a ganhar visibilidade deste tipo de grafismo. Como podemos ver em baixo, o próprio White Studio já aplicou a receita noutros trabalhos, neste caso num rótulo de uma garrafa de água.

Foto de Óscar Almeida

 

 

Esta reflexão faz-nos questionar acerca da criatividade, que é apanágio do design gráfico. Se ao encontrarmos um bom exemplo, com provas que funciona, deveremos ser capazes de superá-lo e arranjar soluções igualmente válidas ou até melhores. As modas não nos devem levar à uniformização das soluções, há que procurar progredir.

É bastante estranho um estúdio com grande qualidade como o Providência Design deixar a originalidade de parte para aceitar uma solução já aplicada e testada.

Estará o design gráfico para câmaras municipais a ser uniformizado? Será que os presidentes estão tão encantados com o que se passou no Porto que pedem especificamente uma coisa do mesmo tipo?

Resta-nos esperar que a criatividade e originalidade, característica fundamental no design, não estejam comprometidas e que esta tendência seja superada.

 

Nota: Sugestões de correcção nos comentários por favor.

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O caso do logótipo da Whirlpool

Posted on 25 Julho, 201926 Julho, 2019 by ideoma

Um logótipo com “duas cabeças”!

Este artigo serve para argumentar que um designer gráfico deve evitar ter dois “pormenores de originalidade” no mesmo logótipo. Por “pormenor de originalidade” entendemos que é um elemento gráfico que dá personalidade e o distingue de outros logos.

O logótipo da Whirlpool que colocamos em cima retrata bem a situação que queremos demonstrar. É um logótipo que não usa a fórmula clássica de ícone + título mas sim um título com “pormenores de originalidade”. Neste caso temos um título com a palavra que denomina a marca que é complementado, normalmente, por um grafismo em sintonia com a palavra e que seja representativo para a marca. O problema da Whirlpool, até há pouco tempo,  é que o seu logótipo tinha dois pormenores, o remoinho em cima do W e a oval que orbita as letras. Ironicamente o slogan da marca era Designed to simplify!

Whirlpool significa remoinho em inglês, um nome que deve ter sido originado por causa do movimento giratório das máquinas de lavar que foram o primeiro produto da marca. Os primeiros 3 logótipos da marca, que podemos ver na figura em cima não tinham nenhum dos elementos em questão. Em 1966 aparece o remoinho por cima do W, uma solução interessante e representativa. A oval é introduzida em 1992 e durante décadas os dois pormenores coexistiram. Em 2011 mantiveram-se os elementos mas a tipografia tornou-se mais simples, sem serifas.  Este novo elemento fez com que o logo parecesse algo ligado à exploração espacial com uma galáxia e um astro em órbita!

Recentemente a marca decidiu manter a oval e eliminar o remoinho tornando o logótipo mais simples e interessante. Como podemos observar em cima, o novo logótipo deixando apenas a oval amarela em torno da palavra é muito mais equilibrado. Os dois elementos entravam em conflito e apenas serviam para tornar a comunicação da marca mais difícil e menos memorável. 

Consideramos ser um pouco estranho terem-se decidido pela oval em vez do remoinho visto que representaria melhor a marca como já referimos em cima. Ainda assim mais vale ter uma solução menos representativa do que a solução anterior.

Concluindo, um logótipo deve ser  original mas não deve ter vários detalhes em competição pela atenção do observador. A Whirlpool melhorou bastante com a última modificação ao seu logótipo e deixou de ser um mau exemplo de design gráfico.

 

Nota: para sugestões de correcção por favor use os comentários para o fazer

 

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O símbolo do movimento Extinction Rebellion, um logótipo com futuro?

Posted on 17 Junho, 2019 by ideoma

O “símbolo da paz” do século 21.

Com os resultados das eleições europeias fica fácil perceber que a preocupação com o ambiente é o tema da actualidade. Como tal queremos falar sobre o logo/símbolo do movimento Extinction Rebellion.

É um símbolo muito simples e representativo, fácil de reproduzir e muito bem pensado. O círculo representa o planeta terra e o X fechado representa uma ampulheta que por sua vez refere-se ao tempo que está a esvair-se em relação ao salvamento do planeta e dos seus ecossistemas. Normalmente o logo aparece ligado à cor verde, uma escolha normal visto que as preocupações que representa estarem ligadas ao ambiente.

Este logo tem sido referido como uma espécie de símbolo da paz dos anos 70 actual. (Podem ler alguma informação sobre esse símbolo aqui: https://www.logotipo.pt/blog/paz-por-paris/ )

O símbolo foi desenvolvido por um artista londrino que se denomina por ESP e remonta a 2011. Inicialmente ele pensou o símbolo para representar o tento que se esgota para a humanidade no planeta Terra mas não estava, ainda, ligado a nenhuma organização. O artista diz que enquanto estava a esboçar e depois de muitas outras hipóteses soube imediatamente que tinha encontrado o símbolo perfeito mal o desenhou. O ESP enviou o símbolo para várias entidades ecológicas que responderam a dizer que usariam o símbolo se este se tornasse famoso. ESP pôs mãos à obra e começou a espalhá-lo pelas ruas de Londres de modo a torná-lo reconhecível pelo maior número de pessoas possível. Uma opinião auspiciosa de que o símbolo comunicaria bem foi dada por uma transeunte que a conversar com a pessoa com quem estava disse que o logo claramente representa que o tempo está a esgotar-se.

Em 2018 o movimento Extinction Rebellion contactou o artista para perguntar se poderia utilizar o logo para representar o movimento e ESP obviamente concordou visto que era um encaixe perfeito entre ideologias.

O criador do símbolo opõe-se ao seu uso em merchandising porque considera que é apenas mais uma forma de poluição. Apesar disto e como seria de esperar já existe bastante material com o logo à venda na internet.

A falha deste design aparece quando é adicionado o título por extenso dentro de um rectângulo cortado. Parece-nos que o título deveria ter menos presença e deixar o ícone ser o protagonista inequívoco da composição.

Concluindo, a nosso ver é um logótipo muito bem pensado, muito bem desenhado e muito bem aplicado. Parece-nos que realmente poderá vir a ter a universalidade do símbolo da paz principalmente num mundo cada vez mais preocupado com o tempo a esgotar-se. Se queremos reverter todo o mal que temos feito ao planeta o momento de agir é agora.

Só o futuro nos poderá dizer se assim foi.

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Novo logótipo Somersby

Posted on 15 Maio, 2019 by ideoma

O novo logótipo da Somersby é fruto de uma mudança de estratégia!

 

A Somersby apareceu com um novo logótipo e à primeira vista não é melhor que o anterior, muito pelo contrário!

O logo anterior, de 2008, data do aparecimento da marca, era uma árvore habilmente ilustrada com um nível de pormenor alto onde podíamos perceber a frondosa folhagem da macieira. Os mais atentos conseguiam até reparar nas maçãs colocadas entre as folhas. A árvore verde, tinha o sol em amarelo escuro por trás o que dava um excelente contraste.

A ilustração do logo contava ainda com uma escada a entrar pela copa da árvore e uma linha base que equilibrava a composição e fazia a transição para o título Somersby imediatamente por baixo.

O novo logo é uma árvore cuja copa é um conjunto de espirais de vários tons verdes que faz lembrar uma cabeleira rebelde, a macieira fez uma permanente! Este novo logo corta completamente a linha clássica do anterior e aparece com um grafismo “groovy” que faz lembrar o estilo Flower Power dos anos 60. A estrutura com a árvore, sol, base e título mantêm-se, mas a personalidade é muito diferente. Na garrafa, o contraste do amarelo do sol também se torna muito ténue devido à maior luminosidade do mesmo.

Percebemos a intenção da marca, que faz com esta mudança um esforço para se tornar mais irreverente a nível de design gráfico à semelhança da sua linha publicitária. O problema é que o novo logo não tem a imagem de qualidade que tinha anteriormente. Outra razão para esta mudança pode prender-se com o facto da marca comercializar não apenas sidra de maça mas também de outros frutos, ou seja, o logo deixa de ser uma macieira.

Pelo que vimos no site da marca, cada tipo de bebida vai ter a sua própria versão do logo e esse conjunto acaba por dar alguma força à ideia do logo oficial. Cada sabor tem uma árvore com referências ao fruto que lhe dá origem.

O design gráfico da garrafa também mudou e segue a coerência do novo logo transformando-se num design mais “pop” e menos sofisticado.

Conclusão, a intenção da Somersby parece-nos bem direccionada mas o resultado não tem a qualidade que a marca merece, é perfeitamente possível atingir irreverência com qualidade.

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A ZARA tem um novo logótipo

Posted on 29 Janeiro, 2019 by ideoma

A polémica estalou!

O logótipo que a Zara apresentou estes dias está a causar bastante controvérsia entre designers e parece-nos muito óbvio porquê.

A marca que na evolução anterior tinha separado o espaço entre as suas 4 letras decidiu agora apertá-las!

O problema é que apertou demasiado e ficou muito desequilibrado.

A solução poderia ser válida se a relação entre as letras Z / A /R / A não fosse tão problemática. Quem trabalha em design gráfico sabe do que estamos a falar, duas letras com uma marcada linha diagonal como o Z e o A não são fáceis de encaixar nesta situação. Neste caso o espaço negativo entre estas duas letras é muito maior que entre as restantes, isso causa um desequilíbrio visual bastante notório. O espaço entre o primeiro A e o R também difere bastante do espaço que existe entre o R e o último A, ou seja, há um desequilíbrio generalizado.

Um esboço que alguém fez e que está muito mais equilibrado do que o logo “verdadeiro”.

Parece-nos uma má escolha este novo logótipo desenhado pela nova iorquina Baron & Baron que pelo que podemos ver no seu site usa o mesmo estilo de tipografia (Didot) em tudo o que faz!
Quando se pesquisa a obra de Fabien Baron, fundador e director criativo da agência, percebe-se de imediato que este logo é uma criação “de autor” e que a marca sacrificou a sua própria personalidade para ter a personalidade do autor.

Baron trabalhou como director criativo de várias revistas entre as quais a Interview e a Harper’s Bazaar e podemos ver como estes trabalhos influenciaram a sua linha gráfica.

Uma amostra do trabalho que Baron fez na Harper’s Bazaar

Um logótipo raramente conquista as pessoas à primeira vista e pode ser que este seja um caso que se “estranha e depois se entranha” mas quem como nós gosta de analisar preciosismos como o equilíbrio entre letras não nos parece que isso venha a acontecer.

O trabalho de Fabien Baron funciona bem no contexto editorial mas em logótipos parece-nos uma aposta falhada. Há uma clara falta de noção, o campo dos logótipos não é o mesmo que o campo editorial, há regras e objectivos diferentes.

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100 Logótipos que retratam edifícios

Posted on 27 Novembro, 201828 Novembro, 2018 by ideoma

A Arquitectura como forma de inspiração.

Esta colecção pretende mostrar um grande conjunto de logótipos que vão buscar inspiração à arquitectura. Desde tempos remotos que os edifícios servem de símbolo às civilizações e actualmente com o fenómeno da “Starchitecture” – a arquitectura de arquitectos estrela – essa realidade mantém-se bem viva. Cada vez mais os arquitectos mais famosos são contratados, muitas vezes a partir de concursos internacionais, pelas cidades para fazerem “monumentos” instantâneos. Temos o caso do Porto com a Casa da Música, Bilbao com o Museu Guggenheim, Baku com o Heydar Aliyev Cultural Center, entre muitas outros casos. O design gráfico neste casos tem como missão representar os edifícios quer seja literalmente ou por meio de pormenores ou ideias presentes nos mesmos. Como vamos ver de seguida, no grande conjunto de exemplos, há casos com muita qualidade e outros menos bem conseguidos que parecem usar o edifício apenas como ponto de partida.

Adega Mayor

Começamos por um edifício de Siza Vieira no Alentejo, a Adega Mayor. É evidente onde o designer foi buscar a inspiração ao olharmos para a fotografia.

 

bacalhôa

Um logótipo que gostamos muito por aqui é o da Bacalhôa que faz uma representação “perfeita” do edifício da fotografia num logótipo brilhante que inclui o reflexo na água.

herdade do esporão

Uma das marcas que os portugueses melhor conhecem dentro do contexto vinícola e cujo logo é uma torre medieval entre as vinhas da Herdade do Esporão.

Na Herdade do Peso temos um logótipo que vai buscar um pormenor da herdade e que resulta num design muito interessante e muito bem conseguido.

pavilhao da agua

O Pavilhão da Água que foi originalmente projectado por Alexandre Burmester e  José Carlos Gonçalves para a Expo 98. Situa-se actualmente no Parque da Cidade do Porto e tem um logótipo bastante representativo. Uma coisa que poderia melhorar seria a inclusão da estrutura em X que podemos ver na imagem visto que acaba por ter mais presença do que as lâminas horizontais.

centro multimeios espinho

O logótipo que vemos em cima é interessante mas se repararmos poderia estar muito mais “fiel” ao edifício se a curvatura das linhas fosse inversa. O edifício tem uma curvatura no topo que é contrária às linhas do logo.

coliseu do porto

Apesar deste logo já não ser o oficial do Coliseu do Porto quisemos mostrá-lo porque tem uma solução muito interessante que liga os pormenores da torre do edifício aos pormenores gráficos das letras “li”. O próprio tipo de letra vai buscar influência à tipografia do reclame do edifício.

casa da musica

Este logótipo de Stefan Sagmeister é apenas uma das versões do mesmo visto que ele representa o volume da Casa da Música visto de diferentes perspectivas e com várias combinaçºões de cor. No caso das versões monocromáticas parece-nos que as linhas que definem o volume deveriam ser mais grossas porque se perdem em tamanhos reduzidos.

teatro camoes

O logótipo do Teatro Camões em Lisboa é graficamente interessante mas parece-nos que poderia representar melhor as valência visuais do edifício que como podemos ver na foto é desenhado por linhas paralelas horizontais.

O logótipo antigo do Teatro Nacional S. João tinha uma representação fidedigna da fachada principal do teatro reformulado no início do século XX pelo célebre arquitecto Marques da Silva.

Outro teatro que utilizava o edifício como logótipo era o Teatro Nacional D. Maria II. Uma estilização bastante competente e minimalista do edifício.

tivoli

O Teatro Tivoli em Lisboa utiliza apenas a cúpula do seu edifício como logótipo. O grafismo poderia estar mais fiel ao edifício porque da forma que está feito lembra um o grafismo típico dos toldos às riscas. A cúpula na realidade, como podemos ver, é monocromática.

museu caramulo

O Museu do Caramulo é uma instituição representada pela simplicidade da fachada do seu edifício sede.

mnmc

O Museu Nacional Machado de Castro ocupa o antigo paço Episcopal de Coimbra e foi buscar o seu logo à arcada do mesmo. Podemos ver com muita facilidade onde estão os pormenores que lhe dão a personalidade.

museu do aljube

O Museu do Aljube, sendo uma antiga prisão, utiliza a malha quadriculada das barras que impediam os prisioneiros de escapar e que podemos ver nas janelas da imagem em cima. No logótipo essa malha tem uma abertura, possivelmente significando a liberdade.

museu regional beja 2
Mais um caso de representação de um edifício recorrendo às suas arcadas.

museu municipal espinho

O Museu Municipal de Espinho é um edifício de uma antiga conserveira convertido pelo arquitecto Rui Lacerda num museu. O logótipo mostra o alçado de entrada e utiliza a cor que o arquitecto usou para o edifício, o vermelho escuro.

camara municipal porto

O logo antigo da Câmara Municipal do Porto era bastante básico e simplório, nada coerente com a cidade que representava. Utilizava a silhueta realista da torre dos clérigos dentro de duas ovais enviesadas numa combinação pouco equilibrada.

 

camara municipal matosinhos

A Câmara de Matosinhos mudou de logótipo recentemente, o que vemos em cima era a versão anterior que contava com um esquisso do arquitecto Alcino Soutinho, autor do edifício.

 

camara municipal vila nova de gaia

O logótipo da Câmara Municipal de Gaia era uma estilização do seu edifício sede com alguns erros de representação nomeadamente nas janelas em arco das esquinas laterais. Tem também uma notório “hipérbole” gráfica na representação da torre central que na verdade é muito mais modesta.

municipio de v.n.gaia

O logo do município de Gaia era uma imagem do Mosteiro da Serra do Pilar visto desde as Fontainhas no Porto. O grafismo era pobre e resultava mal em tamanhos pequenos devido à fragilidade das linhas mais finas.

vila nova de famalicao

Uma estilização muito boa tinha o logótipo da Câmara Municipal de Famalicão, um edifício do arquitecto Januário Godinho.

 

penafiel municipio 2

O Município de Penafiel representava-se pela sua Igreja do Santuário de Nossa Srª da Piedade. Se repararem as torres em segundo plano deveriam estar sem preenchimento visto que são diferentes da torre central. Deveriam ser representadas em branco como a cúpula visto que têm a mesma textura.

A Assembleia da República Portuguesa tem um logótipo com o alçado total do edifício representado pelas aberturas, linhas horizontais mais fortes e característico frontão neoclássico.

O Palácio Nacional da Ajuda tem um logo similar ao da Assembleia embora mais trabalhado, com mais detalhe e portanto mais fidedigno ao edifício. Na nossa opinião, comparando estes dois logos últimos o da Assembleia tem um grafismo mais interessante.

A obra de Gonçalo Byrne apelidada de torre itálica presente no Porto de Lisboa serviu como base para a figura geométrica do logo do mesmo. Facilmente vemos o paralelismo embora o logo seja um apontamento muito minimalista da torre não contando com nenhum pormenor a não ser a inclinação e a tonalidade.

 

arthur ashe

Este logótipo simplesmente pegou na linha superior do estádio Arthur Ashe, a sua cobertura, e destacou a parte que abre.

A Allianz Arena é um dos estádios mais conhecidos do mundo devido ao seu aspecto pouco ortodoxo. É um projecto da dupla Herzog & De Meuron e o logo representa a textura e forma ovalóide  do mesmo.

O estádio Mercedes-Benz tem um logótipo que capta muito bem o edifício que tem uma geometria facetada.

O mítico estádio de Wembley tem um logótipo muito interessante que vai buscar o distintivo arco que suporta a cobertura para representar o edifício.

capitol music group

O edifício da Capitol Records é um dos mais reconhecidos de Los Angeles e o logo da empresa que o ocupa é uma estilização muito simples do mesmo.

auditorio tenerife

O auditório de Tenerife é uma “visão” radical do arquitecto Santiago Calatrava, o mesmo que desenhou a Estação do Oriente em Lisboa. O logótipo vai buscar toda a expressividade das coberturas do auditório para o representar.

 

auditorio las palmas de gran 2

O auditório Alfredo Kraus de Las Palmas na Gran Canária foi projectado por Oscar Tusquets e os designers gráficos que criaram o logótipo aproveitaram a originalidade e volumetria do edifício para criar um logo interessante.

 

auditorio ibirapuera

Outro auditório que é uma peça escultórica, agora do arquitecto brasileiro Oscar Niemeyer, cujo pormenor de destaque é a pala vermelha da entrada e que o logo representa como travessão da letra “A”.

 

dubai opera

Outro logótipo que não “respeita” o edifício que representa é o da Opera de Dubai que vai buscar a forma bojuda do edifício para o transformar numa espécie de barco. Apesar da ideia do barco poder ter sido a inspiração do arquitecto que o projectou, o logo acaba por não retratar competentemente o edifício.

den norske & ballett

Este logótipo vai buscar ao edifício que representa apenas a inclinação da sua monumental rampa. Um pouco à semelhança do Porto de Lisboa.

sydney house

Um dos edifícios mais reconhecidos do mundo, a òpera de Sydney, desenhada pelo arquitecto dinamarquês Jorn Utzon tem um logo que é muito simplesmente a configuração da cobertura principal.

O antigo logo da orquestra de Philadelphia retratava muito bem o edifício sede da mesma. Uma gigantesca abobada que é a característica principal do edifício.

noveu theatre

Um edifício de Dominique Coulon com volumes bastante expressivos que são transfigurados graficamente por meio de riscas verticais e horizontais que mostram mais ou menos fielmente esses volumes.

speed art museum

Este é um caso interessante e que é uma espécie de inverso do anterior, temos um edifício com uma textura de riscas que no logótipo não aparecem. É apenas representada a relação entre volumes.

 

sva theatre

Um logo especial visto que representa um pormenor escultórico de um edifício como logótipo. A depuração gráfica está perfeita se compararmos com a escultura!

teatro popular

Um desenho de Oscar Nirmeyer que foi transformado em logótipo do teatro que representa.

dancing house

Este logótipo mostra perfeitamente o pormenor da esquina do edifício de Praga desenhado por Frank Gehry que apelidaram de “Ginger and Rogers” .

 

couvent de la tourette

Um dos maiores arquitectos do século XX, Le Corbusier, desenhou um convento em La Tourette e o logótipo mostra uma interpretação da pirâmide de cobertura de uma das suas divisões como podemos ver na imagem.

county of marin

Um edifício que parece saído de um dos episódios de Star Wars desenhado por Frank Loyd Wright é o símbolo utilizado pelo Marin County. Nesta pesquisa acerca de logótipos que representam edifícios reparamos que há muitos em que os designers gráficos não respeitaram a veracidade dos edifícios como neste caso se repararmos na configuração da torre pontiaguda.

fallingwater

Outro edifício do arquitecto Frank Lloyd Wright nesta lista, desta vez a muito famosa casa Fallingwater que como o nome indica tem uma cascata que integra o edifício. O logótipo tem uma grafismo espontâneo de traços desenhados aparentemente a pastel que dão as linhas gerais da casa de forma imediata.

 

 

colosseo quadrato

Jonas Ward desenhou este logótipo para si baseado no Palazzo della Civiltá Italiana, em Roma. Um edifício fascista dos anos 40 que os habitantes de Roma apelidaram de coliseu quadrado.

habitat 67

Nos anos 60 Moshe Safdie desenhou um dos edifícios de habitação colectiva mais originais da altura e que podemos ver na imagem. O logótipo do empreendimento capta o fulcral do conjunto de blocos habitacionais e resulta num ícone muito bem conseguido.

fundació mies van der rohe

Mies van der Rohe foi um dos arquitectos mais importantes no modernismo e tem em Barcelona uma réplica do pavilhão que projectou para a feira universal de 1929. A Fundação com o nome do arquitecto dessa cidade tem como logótipo a parte de entrada do pavilhão.

heydar aliev center

Um edifício de Zaha Hadid no Azerbaijão, o Heydar Aliyev Center e as suas formas curvas do alçado principal originaram as linhas do logo. O símbolo está bastante interessante, apenas com as linhas essenciais. Um pormenor  que nos parece menos interessante é o tipo de letra utilizado que é rígido demais para harmonizar com as linhas sinuosas do símbolo.

kindl

Uma cervejeira convertida em museu de arte em Berlim. O logo, como podemos ver, pegou nos 3 volumes principais do edifício e depurou-os à sua base, o rectângulo.

art museum of texas

Este logótipo não é literal, isto é, não imita uma perspectiva do museu mas sim vai buscar elementos ao edifício do Arquitecto Philip Johnson e John Burgee. Conseguimos ver a correspondência facilmente olhando para o cilindro que ladeia a entrada e as pirâmides da cobertura.

allen

O Allen Memorial utiliza uma solução muito frequente como  podemos ver nesta extensa lista que é utilizar os arcos de um edifício como imagem gráfica. Aqui vemos os arcos da entrada e o padrão da ala lateral mais moderna.

Akademie der blinden kunste munchen

Este logótipo usa outra solução frequente neste tipo de logos, destacaram-se apenas as aberturas para modular o logo.

Chryler museum

Este logótipo utiliza um grafismo muito semelhante ao da Bacalhôa para definir o edifício do museu que representa.

CHINA art palace

Um logótipo muito interessante que mostra muito bem a natureza do edifício que retrata. Um grafismo espontâneo que imita um desenho “à mão livre” talvez a ir buscar inspiração às técnicas artísticas tradicionais chinesas.

centre ponpidou

O Centro Georges Pompidou desenhado por Jean Nouvel tem um logo que de uma forma minimalista mostra o fulcral do edifício, a sua inusitada escadaria de acesso.

denver art museum

O Denver Art Museum não utiliza este logo mas ainda assim quisemos mostrá-lo porque captura de uma maneira simples e eficaz à originalidade do edifício.

fondation vasarely

Esta é a sede da fundação Vasarely cujo desenho é do próprio artista “Op” Victor Vasarely (criador do logo da Renault). O logótipo é um interpretação muito bem conseguida do padrão do edifício.

A Fondation Suisse do arquitecto Le Corbusier tem como logo um esquisso do arquitecto.

eli and edy the broad art museum

Um edifício da arquitecta Zaha Hadid cujo logótipo mostra a vista imediatamente ao lado da entrada do museu, ou seja, uma das mais reconhecíveis. A plasticidade do edifício facilitou o trabalhos dos designers gráficos que apenas tiveram que interpretar esse alçado.

gotebourg

Aqui temos outro museu que se faz representar graficamente pelos arcos da fachada do seu edifício. Uma forma muito simples e muito eficaz de representação que já vimos em outros logos em cima.

milwaukee

Outro edifício de Santiago Calatrava, o museu de Arte de Milwaukee, que como é habitual prima pelas formas exuberantes da sua estrutura. A imagem do logótipo é imediatamente perceptível quando comparada com o edifício.

 

nacional gallery of canada

Outro edifício do arquitecto Moshe Safdie, a National Gallery of Canada tem um logótipo que utiliza apenas a linha da cobertura do edifício para se fazer representar.

muzej savremene umetnosti

Um museu de arte em Belgrado, na Sérvia, que utiliza uma lógica semelhante à volumetria do edifício mas que não respeita fielmente a configuração do mesmo.

Museu oscar

O Oscar Niemeyer como já devem ter reparado é um arquitecto cujos edifícios são extremamente plásticos e por isso muitas vezes utilizados como logótipo. Aqui temos um desenho do próprio arquitecto a servir de logótipo.

niteroi

A prefeitura de Niterói no Brasil utiliza o seu museu de arte contemporânea com desenho de Oscar Niemeyer como logótipo. É fácil perceber o porque dessa utilização mas também é fácil perceber que a rigidez e peso do logo ficam muito aquém do edifício.

rock and roll hall of fame

O Museu do Rock and Roll desenhado por I.M. Pei (o mesmo arquitecto que modernizou o Louvre em Paris) usa a sua pirâmide de vidro como logótipo misturando-a com um braço de uma guitarra.

new museum

Um museu em Nova Iorque de Sejima + Nishizawa, utiliza como logo simplesmente a silhueta inusitada do seu edifício. O logo tal como o próprio edifício é extremamente simples e parece-nos competentemente representativo.

nermar museum

Outro museu de arte contemporânea que usa o seu alçado principal de entrada como logótipo. Uma solução muito simples e muito eficaz devido à presença da única janela do alçado no logo.

shanghai art museum

Outro logo oriental que utiliza a pincelada para representar um pormenor do edifício que se destaca, a torre do relógio.

science center nemo

Um edifício de Renzo Piano em Amsterdão cujo logo é um grafismo fiel à sua imagem. Peca pela cor não ser o tom tão característico do cobre oxidado.

the cleveland museum of art

Um logo muito simplificado que junta a entrada principal do edifício antigo, de estilo neoclássico com a extensão moderna desenhada por Rafael Vignoly que tem umas características riscas horizontais tal como a parte da direita do logo.

the buffalo museum

Uma boa, simples e eficaz interpretação gráfica do museu de história de Buffalo como podemos ver na comparação.

museu de la memoria y los derechos humanos

Um museu cuja característica mais marcante é ao padrão errático de linhas entre-cruzadas e que os designers gráficos representaram na perfeição no logótipo.

militar historisches museum

O Museu Militar Histórico da Bundeswehr em Dresden teve uma intervenção do arquitecto Daniel Libeskind que lhe juntou um volume que cria uma ruptura no edifico neoclássico. O logótipo reflecte essa intervenção de uma forma engenhosa recorrendo a um corte nas 3 palavras que o formam e modificando a cor após o corte.

jewish museum berlin

O logótipo do Museu do Holocausto em Berlim também por Daniel Libeskind é uma representação bidimensional da sua implantação no terreno como podemos ver na imagem em cima.

design museum holon

Este é o primeiro edifício desenhado pelo designer Ron Arad. O Design Museum Holon fica em Israel e tem uma configuração bastante original, o logótipo fica muito aquém do edifício e na nossa opinião não o representa da melhor forma porque omite algumas características importante como por exemplo a maneira como as tiras horizontais sobem em escada.

san francisco museum of modern art

O San Francisco Museum Of Modern Art há umas décadas utilizou este logótipo bastante colorido que ia buscar inspiração ao seu edifício, projectado pelo arquitecto Mario Botta.

 

 

 

palacio de exposiones y congresos

Outra obra prima de Santiago calatrava agora em Oviedo e que dá origem a um logótipo com bastante impacto.

salk institute

Este logo é especial porque em vez de recriar graficamente um edifício recria um espaço exterior. O Salk institute desenhado por Louis Khan é transposto de uma forma minimlista para o símbolo do logo e a sua representatividade advém bastante da linha central que é uma referência ao canal de água que vemos na imagem da direita.

 

concello santiago

Outro logótipo que gostamos particularmente é este do Concelho de Santiago que representa de uma forma muito elementar a silhueta da famosíssima catedral da cidade. Um excelente trabalho de design gráfico que reduz toda a riqueza decorativa barroca a simples linhas verticais.

the midland

Este logótipo dentro deste conjunto é bastante original porque alia um pormenor da esquina superior do edifício Midland com um quadrado vermelho. Esta mistura resulta muito bem e dá um toque de mestre a um logótipo que não se destacaria sem esse pormenor.

elbphilharmonie

A Elbphilarmonie Hamburg tem uma sede projectada pela dupla Herzog & DeMeuron que é uma construção que aproveita uma construção antiga para colocar em cima um edifício novo bastante original. Os designers gráficos da identidade da instituição pegaram no recorte da parte nova do edifício para definir a parte principal do logo. A parte antiga é reduzida a algumas formas rectangulares que nos fazem lembrar um equalizador.

A Price Tower, obra de Frank Lloyd Wright, tem um logótipo que vai buscar alguns pormenores do edifício para o retratar, nomeadamente a antena no topo e o recorte modular dos andares.

30 st mary axee

O famoso “Gherkin” de Londres tem um logótipo muito bom que retrata o edifício utilizando apenas as linhas pretas que desenham em espiral a torre.

miami tower

A Miami tower tem um logo perfeito para a representar como podemos comparar nas imagens em cima.

wills tower

A Willis tower do grupo de arquitectos SOM é tratada graficamente de forma exímia neste logo que nos faz identificar de imediato o edifício que na altura da sua construção era o mais alto do mundo.

portova

Um edifício de apartamentos na Ucrânia que tem um logótipo interessante e que vai buscar inspiração às varandas do edifício misturando a sua forma com a letra P.

faro moncloa 2
Esta torre Madrilena tem um logótipo que a representa excluindo alguns pormenores que nos parece que deviam estar presentes por uma questão de equilíbrio, nomeadamente as antenas em cima.

 

universum bremen

Um centro de ciência em Bremen, Alemanha que nos faz lembrar um mexilhão ou uma baleia e que o logo apesar de ter semelhanças com o edifício não consegue representar. A nosso ver falha a definir a forma do edifício porque a linha de cima está mal configurada .

 

 

le corbusier firminy

Um logótipo muito simples e que representa de uma forma excelente a forma do alçado mais dramático da casa de cultura de Firminy. Além dessa forma o logo mostra as cores puras que Le Corbusier, o arquirtecto do edifício, utiliza nas aberturas do mesmo.

casa luis barragan

A casa Luís Barragán é uma das obras mais significativas do arquitecto mexicano que lhe dá o nome. A fotografia à direita mostra precisamente de onde veio a inspiração para o logo e a cor da parede mostra a cor da moldura.

atma

Mais um edificio de Le Corbusier, desta vez em Ahmedabadna Índia. A casa Shodhan é uma mansão modernista que inspirou o logo da Atma que fez uma estilização do alçado principal com a sua enorme rampa tranformada numa vertical.

kijk u bus

As estranhas casas-cubo de Roterdão do Arquitecto Piet Blom têm um logótipo que claramente nos remete para a rotação de 45% do volume cúbico.

herderos del marques de riscal

A adega Marques de Riscal utiliza a expressividade do edifício desenhado por Frank Gehry para construir um logótipo original e interessante.

zentrum paul klee

O centro Paul Klee em Berna foi desenhado por Renzo Piano e consiste num edifício cuja cobertura ondula em três ondas. O logo pega nessa lógica que transforma numa linha.

ysios

A adega de Ysios é mais um projecto do arquitecto espanhol Santiago Calatrava e usa a sua cobertura ondulante como logótipo da empresa.

ministerio das relações exteriores

Um ministério brasileiro, na cidade de Brasília, desenhado por Oscar Niemeyer cujo logo é apenas a representação da arcada que rodeia o edifício em toda a sua extensão.

A Maison Louis Carré do arquitecto finlandês Alvar Aalto foi buscar um pormenor que é o tecto da sala de estar da casa como podemos ver na fotografia.

finlandia

A Finlândia Talo Hall foi desenhada também pelo arquitecto Alvar Aalto e o seu logótipo, como podemos ver, representa o topo do auditório. O logo foi simplificado porque anteriormente tinha duas linhas verticais no rectângulo que se encontra de frente para o observador tal como o edifício. Na nosso opinião as riscas deveriam ter permanecido visto que davam mais riqueza e representatividade ao logo.

european congress

Este logo da União Europeia é uma construção recente que é uma espécie de edifício dentro de outro, uma espécie de “pote” dentro de um cubo. Na imagem podemos ver de onde surge a configuração do logo.

european comission

Em cima vemos talvez o logótipo e o edifício mais reconhecidos da União Europeia, como se pode facilmente ver, a arquitectura do mesmo está bastante bem representada apesar da simplicidade das linhas.

mit x

No caso do MITx o logótipo mistura dois edifícios diferentes, o neoclássico que é o símbolo da instituição MIT e o novo edifício projectado pelo arquitecto Frank Gehry com a sua típica linguagem desconstructivista.

pazo da cultura

 

Um edifício com vários volumes que os designers representaram com várias cores em planos transparentes. O logótipo é muito mais vivaz do que o próprio edifício remetendo talvez para a dinâmica cultural que lhe dá vida.

 

Também tivemos vários projectos nos quais nos pediram ou achamos pertinente utilizar imagens de edifícios. Em baixo podem ver um logótipo que fizemos para uma padaria em Alcobaça cujo logótipo é o alçado principal da igreja do mosteiro. O cliente pediu-nos uma representação fiel do alçado do mosteiro visto que a padaria é muito perto do local.

 

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7 Logótipos nos quais não se deve inspirar

Posted on 3 Outubro, 201624 Outubro, 2016 by andreia

Quando pensa em criar um logótipo para o seu negócio, o objetivo é conseguir obter uma identidade visual que reflita a personalidade da sua marca na perfeição. Por vezes, o logótipo que escolhemos não é o mais adequado ao nosso negócio e o resultado de uma má escolha pode ditar o fim de um negócio. Hoje trazemos-lhe 7 logótipos que não correram tão bem conforme o esperado…veja com os seus próprios olhos!

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Este é o logótipo de uma fábrica de salsichas na República Checa. A pessoa que desenhou este logo não prestou atenção à conotação sexual que a imagem transmite. Lição a reter: elementos que transmitem conotação sexual nunca são boa ideia para um logótipo pois vai reduzir (e muito!) a credibilidade do seu negócio.

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A escolha do logótipo dos Jogos Olímpicos de 2012 não é consensual. Além de não ter quaisquer elementos que nos relembrem a cidade de Londres, há quem diga que relembra uma cruz suástica desmembrada. Lição a reter: quando construímos um logótipo temos que ter cuidado ao usar elementos que possam remeter para períodos controversos da História, pois pode ferir susceptibilidades

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Confiaria nesta clínica pediátrica? A escolha do logótipo desta clínica falha em todos os aspetos: não transmite credibilidade, não se percebe através do logo que estamos a falar de saúde e a posição dos elementos do logótipo é de mau gosto. Lição a reter: quando criamos um logótipo, devemos ter em conta que este deve ser facilmente associado à nossa área de atuação.

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“Roupas para mulheres independentes”: onde é que se consegue identificar a independência feminina neste logótipo? Em que parte é que percebemos que estamos a falar de uma marca de vestuário? Nós não conseguimos encontrar qualquer tipo de associação entre o logótipo e a área de negócio da marca. O lettering é pouco estético e a imagem do gato, numa tentativa falhada de colocar um elemento visual que se relacione com o nome da marca, é simplesmente desagradável! Lição a reter: partes íntimas de animais não devem fazer parte de nenhum logótipo!

7-logotipos-nos-quais-nao-se-deve-inspirar_ihop

O logótipo da IHOP, marca de panquecas, tentou transmitir um sorriso, talvez inspirado no inconfundível logo da Amazon. No entanto, ao olhar para a logótipo a nossa vontade de desfrutar um bom momento enquanto saboreamos uma deliciosa panqueca esmorece instantaneamente pois a tentativa de sorriso mais parece uma ameaça silenciosa de um palhaço assassino saído de um filme de terror! Lição a reter: cuidado com as tentativas de sorrisos nos logótipos pois corremos o risco de espantar clientes!

7-logotipos-nos-quais-nao-se-deve-inspirar_kumon

Kumon é um centro de estudos para os alunos usufruírem de aulas de apoio. Inscrevia o seu filho num centro de estudos em que o logótipo apresentasse uma expressão facial, triste e deprimida? Pois…Lição a reter: o logótipo deve estimular a compra do produto ou serviço e não deve conter elementos que transmitam emoções negativas!

7-logotipos-nos-quais-nao-se-deve-inspirar_doughboys

Este logótipo é de uma cadeia de restaurantes e a sua composição em nada nos remete para a área da restauração. Não é preciso uma mente humana muito fantasiosa para conseguir reproduzir um elemento neste logo que nada tem a ver com culinária. Lição a reter: nunca é demais reforçar a ideia de que elementos que nos remetam para aspetos sexuais nunca resultam pois descredibiliza a marca.

Esta foi a nossa seleção de maus logótipos mas se fizer uma pesquisa na Internet vai encontrar muitos mais exemplos. Como os gostos são relativos, e de modo a não ferir a opinião de ninguém, selecionamos projetos que reúnem um consenso relativamente à sua falta de qualidade. Conhece outros logótipos que poderiam estar aqui? Partilhe as suas ideias connosco!

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Evolução da identidade visual: Coca-Cola

Posted on 26 Setembro, 201625 Outubro, 2016 by andreia

O logótipo da Coca-Cola reconhecido em todo o lado e o tipo de letra utilizado é inconfundível. Conta com mais de 125 anos de existência e apesar de manter as suas linhas originais, tem-se adaptado à inevitável evolução. A Coca-Cola foi criada em 1886 e foi um amigo do seu criador que sugeriu o nome, pois tinha a certeza que os dois C’s presentes no nome iriam destacar-se na publicidade. Passados 130 anos podemos afirmar que tinha razão!coca-cola-frist-logo

A primeira alteração do logótipo da marca foi feita algum tempo depois da sua apresentação. Em 1887, no primeiro C, passou a constar “Trademark”, para mostrar era marca registada nos Estados Unidos da América.

coca-cola-logo-gothic

De 1890 a 1891, foi realizada uma das alterações mais interessantes do logótipo. O logo ganhou umas espirais que nos remetem para um estilo gótico. Contudo, este logótipo não obteve sucesso, acabando por ser substituído pouco tempo depois pelo logo anterior.

coca-cola-logo-estilizado

Em 1941,o logótipo utilizado é praticamente igual ao usado atualmente. Os tamanhos das letras estão mais equilibrados, resultando num conjunto harmonioso.

coca-cola-rabo-de-peixe

Em finais dos anos 50 do século anterior, o logótipo passa a não estar isolado e passa a estar inserido numa forma estilo “rabo de peixe”, apresentando já a cor vermelha que tão bem caracteriza a marca.

coca-cola-logo

Em 1969, o novo logótipo apresenta os elementos fulcrais da marca: uma linha branca,designada Dynamic Ribbon. A linha traz mais dinamismo ao conjunto e funciona como um suporte para peças gráficas.

coca-cola-novo-milenio

O novo milénio trouxe um novo refresh à identidade visual da Coca-Cola. Em 2003, o logo tornou-se maispróximoda realidade, passando a ter elementos com degradés e sombreados. Passou a ter também uma nova linha amarela que faz o mesmo percurso da onda branca, conferindo maior movimento e vida ao logótipo.
coca-cola-classic

Em 2007, a marca aposotu num regresso às origens. Antecipando uma tendência, a Coca-Cola optou por um desenho muito simples, reduzindo as cores ao branco e ao vermelho e eliminando elementos não tão necessários para que a atenção esteja centrada no nome da marca.

coca-cola-125-anos

Para comemorar o 125.º aniversário da marca, em 2011, usou-se uma imagem comemorativa onde o logo da Coca-Cola se inscrevia na silhueta da famosa garrafa. A imagem continua a ser utilizada até aos dias de hoje.

A Coca-Cola é uma marca que faz parte das nossas vidas, sejamos apreciadores da bebida ou não. O logótipo tem evoluído ao longo dos anos, não perdendo nunca a sua identidade mas não deixando que o passar do tempo o faça perder o destaque!

 

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Logótipo do Euro 2016 é “português”

Posted on 17 Junho, 201619 Julho, 2016 by ideoma

euro_2016_logo_detail

O logo do Euro 2016 foi desenhado pela agência lisboeta, Brandia Central e está a ter bastante sucesso entre o público em geral e os críticos de design gráfico em particular. Já o logótipo do Euro 2012 tinha sido desenhado por esta empresa, na altura escrevemos sobre o assunto, podem ver AQUI. Um dos designers da Brandia Central que trabalhou no design do Euro 2016, Hélder Pombinho, também participou no projecto do logótipo do Euro 2004 nessa altura trabalhando para a Euro RSCG que agora se denomina por Havasworldwide.

O logo consiste num rígido círculo cinza com espontâneas manchas coloridas onde podemos ver representada a taça da competição no centro. Este elemento central está colorido “à moda” da bandeira francesa país que organiza o evento. Dentro do círculo podemos ver uma série de grafismos abstractos com riscas, traços e estrelas/ asteriscos que fazem lembrar um pouco as pinturas do catalão Joan Miró e do russo Wasily Kandinsky.  POR IMAGEM

euro-2016-pinturas
Miró à esquerda, Kandinsky à direita.

 

A intenção foi precisamente retratar a vitalidade artística de França que foi o epicentro da arte ocidental durante o século 19 até à primeira metade do século 20. Tal como normalmente acontece os designers procuraram os pontos fortes do país anfitrião e desta vez em vez dos clichés das baguetes e boinas conseguiram (e bem) explorar o tema da arte moderna que se materializou em França antes das guerras mundiais.

Os responsáveis pelo design referiram que o brief pedia que a taça fosse o elemento principal do logo e como tal esse foi o ponto de partida. Esta condição é uma mudança substancial na evolução dos logótipos do Euro visto que desde o Euro 1996 na Inglaterra a bola era sempre o tema focado (ver em baixo).

1960-2016-euro

O tipo de letra utilizado é o mesmo do evento anterior tal como todo o arranjo tipográfico onde podemos ver o elemento “UEFA” num arco em cima e o país em baixo do título.

Na nossa opinião, é um logótipo bem conseguido e que representa bem o espírito do europeu de futebol com a vivacidade que este evento comporta. Além do logótipo a equipa fez um excelente trabalho a nível de todo o grafismo do qual podemos ver alguns exemplos em baixo.

euro-grafismos

Resta-nos desejar boa sorte à nossa selecção e gritar um PORTUGAL ALLEZ!

 

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Novo logótipo da Galp

Posted on 24 Março, 201619 Julho, 2016 by ideoma

galp-novo

A Galp apareceu em força com uma nova campanha publicitária que traz a imagem gráfica da empresa actualizada pela Ivity. A nova imagem desdobra o logótipo em várias vertentes, uma tendência deveras actual que já convenceu muitas grandes marcas inclusivamente a portuguesa EDP pelo Stephan Sagmeister. Outras marcas internacionais como a AOL usam este tipo de solução ou nacionais como a Guimarães 2012.

guima2012

O logo da Galp foi concebido em 2002 pela Brandia e apresentava um bom design, simples mas impactante e icónico. Era um quadrado arredondado disposto a 45º da “linha de terra” e que continha um G que acompanha o fundo na geometria e se destaca do mesmo sendo branco sobre laranja. Esta primeira versão do logo já tinha efeitos 3d que estavam bem conseguidos mantendo sempre uma boa legibilidade e contraste. O título Galp acompanhava o ícone na tipografia Dax por vezes ao lado, outras vezes por baixo do mesmo.

galp-antigo

Um trabalho de design com qualidade, com bastante força e que se expandiu pelo quotidiano dos portugueses. Este logo dava origem ao “tangerina” cujo sorriso assentava no quadrado arredondado do logo principal entre outros logos do grupo com a mesma geometria e todos eles estavam bem concebidos (missão UP, movimento energia positiva)

galp-logos

Na versão do logo que aparece agora, a Ivity aplicou uma espécie de “botox” gráfico ao logo e na nossa opinião estragou tudo com efeitos 3d de qualidade duvidosa e exagerados. Para agravar a descaracterização do logótipo original foram criadas várias versões nas quais o logo é aplicado sobre texturas 3D que na maior parte dos casos arruína a legibilidade do símbolo “G” da marca. A aplicação do “G” por cima de fundos com pouco contraste demonstra a falta de qualidade desta solução que apenas funciona na versão que tem um fundo com textura de relva.

galp-alter

Outro “passo atrás” foi a mudança de tipografia que a Ivity levou a cabo, passou da Dax Extended que tem bastante qualidade (apesar do uso excessivo em imagens gráficas corporativas) para uma tipografia parecida com a Sone Bold e que tem muito menos em comum com a geometria do ícone.

Depois da polémica imagem gráfica da Sonae, desenvolvida pela Ivity, mais uma vez esta agência aparece com um trabalho de qualidade muito baixa e que nos deixa a questionar o porquê das grandes marcas portuguesas confiarem os seus “rostos” a estes gigantes gráficos que cada vez mais parecem trabalhar de uma forma desfasada da realidade.

É uma actualização negativa e que decepcionou no geral, quer a nível de design gráfico puro e também a nível de estratégia de comunicação. Até houve algumas reacções críticas como podem ler nesta análise do Pedro Albuquerque da Albuquerque Designing Business.

 

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Novo logótipo da Via Verde

Posted on 23 Março, 201620 Julho, 2016 by ideoma

via-verde

A Via verde apareceu recentemente com um novo logo nas nossas televisões. Esta nova imagem acompanha a estratégia de mudança da marca que pretende deixar de estar condicionada ao carro para andar com o utente. A assinatura da marca é bem directa, “Anda Consigo”. Além desta novidade a Via Verde pretende permitir uma lista de pagamentos que vão facilitar a vida aos condutores, a inspecção do carro, os parques de estacionamento de superfície, os táxis, car sharing entre outros. Em vez do aparelho a Via Verde vai estar no nosso smartphone acessível numa aplicação.

vverde

No que diz respeito ao design gráfico, podemos dizer que o logótipo antigo da marca era bastante bem conseguido, um V inclinado dentro de um quadrado verde com cantos arredondados que pela sua simplicidade tinha bastante impacto e era muito facilmente reconhecível. Era um grafismo bidimensional com apenas uma cor forte e que fazia lembrar um sinal de trânsito de bifurcação, este logo poderia estar perfeitamente incluído na linguagem Metro da Microsoft, que actualmente reina maior parte das tendências de design gráfico.

 

A nova solução é de novo um V mas desta vez com mais complexidade, dividido em duas partes, inclusivamente com efeitos de gradiente que afastam esta solução do logo anterior. A intenção pelo que percebemos pelo anúncio de TV é que o V seja compreendido como um colibri que simboliza a mobilidade, o novo espírito da empresa.

As cores continuam dentro dos mesmos tons verdes o que poderá fazer com que o novo símbolo parece uma planta e seja conotado com ecologia. Como é óbvio o verde é uma cor de uso obrigatório neste caso mas a imagética ecológica está muito longe de poder ser conotada com uma marca que opera dentro do carro da mobilidade automóvel.

Em termos de tipografia, aparece-nos um tipo de letra bem legível com alguns pormenores interessantes como os cantos arredondados de alguns caracteres que dão um ar de actualidade a esta escolha. A tipografia do logo anterior era o maior “defeito” deste visto que as letras eram bastante toscas e a repetição do V inclinado tornava as palavras um pouco estranhas.

Globalmente parece-nos ser um bom passo em frente a nível de grafismo que representa bem a nova etapa da vida da Via Verde.

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Coca-Cola vs Cacaolat // Logótipos

Posted on 23 Novembro, 201526 Agosto, 2016 by ideoma

cocacao

Numa altura em que a garrafa da Coca-Cola faz 100 anos resolvemos falar de uma questão que nos andava a intrigar há uns meses, desde que a marca Cacaolat entrou (ou re-entrou) no mercado Português. A primeira reacção é pensar que é mais um produto da gigante The Coca-Cola Company mas na verdade esta bebida de chocolate não tem nada a ver com o refrigerante, para nosso espanto.

Ambas as histórias parecem ter várias versões mas vamos tentar perceber o que liga as duas imagens gráficas.

John Pemberton à esquerda e Frank Robinson à direita
John Pemberton à esquerda e Frank Robinson à direita

Do percurso da Coca-Cola todos sabemos um pouco, que é originária dos Estados Unidos, que foi inventada por um farmacêutico chamado John Pemberton, que tinha cocaína na receita original , que era supostamente um remédio para o cérebro e nervos, que se tornou em vez disso um refrigerante amado no mundo e que é um dos símbolos universais da cultura pop global.

coca

Apesar de já existir desde os finais do século 19, a marca só foi registada em 1944, o logótipo apareceu em 1886 e foi desenhado pelo contabilista e amigo de John, Frank Robinson . O logo é simplesmente a sua própria caligrafia desenhada como podemos ver na imagem em cima e possivelmente inspirada na tendência do design de logótipos da altura. Esta solução acompanhou a marca desde o início tendo sido mudada apenas por breves anos na década de 80, a mudança foi um fiasco tal que passados dois anos voltava ao design anterior. Existe também uma versão não oficial que diz que a marca teve um outro tipo de letra no início do seu aparecimento e ainda outro de estilo “gótico” de 1890 até 1900 mas estes registos não constam no site da Coca-Cola.

cacao

O Cacaolat tem uma história diferente mas que não deixa de ser parecida, este batido de chocolate aparece em 1933 em Barcelona e foi a primeira bebida deste tipo a ser produzida industrialmente no mundo com um grande sucesso. A bebida existe desde o início com o seu logótipo actual (salvas pequenas actualizações) que é bastante similar ao da Coca-Cola utilizando uma tipografia caligráfica. O grau de semelhança é muito grande e avulta-se ainda mais visto que as duas marcas são palavras muito semelhantes.

logos

Os dois percursos das marcas são em certa medida semelhantes com muita história pelo caminho do século 20 mas será que a Cacaolat se inspirou na Coca-Cola ou será que este tipo de logo era a tendência vigente da altura? Temos várias marcas a manter logótipos da altura como a Leica, Ford, Lancia, Chevrolet, Cadburry, Ach. Brito e a Pasta Couto e temos outras que na altura utilizavam tipos de letra parecidos como a eterna rival Pepsi ou a Chevrolet e que entretanto mudaram.

A nossa suspeita é que a Cacaolat se inspirou na marca de sucesso que já era a Coca-Cola e como a tendência era este tipo de logótipos caligráficos o mais certo é que na altura não houvesse grandes problemas com as “cópias”. Hoje em dia, porém, seria interessante saber o que é que a considerada marca mais valiosa do mundo pensa da semelhança entre as duas.

cola cao

PS. Entretanto lembramo-nos que existe outra marca que combinando com a Coca-Cola e a Cacaolat faz esta história ainda mais bizarra, a ColaCao!

Reparem que ColaCao é uma espécie de mistura entre as palavras Coca-Cola e Cacaolat e para adensar esta intriga a ColaCao é uma marca também de Barcelona e que apareceu em 1946. Será que esta marca é a “prova” que nos faltava para “acusar” a Cacaolat de plágio do logótipo da Coca-Cola?

 

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Paz por Paris

Posted on 16 Novembro, 201515 Julho, 2016 by ideoma

jean julian

Este fim de semana o mundo esteve virado do avesso devido aos ataques terroristas na capital francesa, Paris. De imediato e como é apanágio da contemporaneidade as homenagens multiplicaram-se pelas redes sociais e um símbolo começou a espalhar-se pelo mundo, o símbolo que vemos em cima. O seu autor é o francês Jean Jullien (Instagram), um designer gráfico / ilustrador a viver em Londres, tem uma obra muito interessante e já gozava de alguma fama no seu contexto profissional. Não temos dúvidas que o mundo vai agora descobrir ou redescobrir com avidez tudo o que este talentoso artista faz.

cnd

O símbolo mostra de uma forma muito simples e espontânea a forma da torre Eiffel dentro de um círculo com um traço vertical “a mais”, este traço põe em evidência a parecença da silhueta da torre com o universal símbolo da paz dos anos 50. Deste símbolo interessa saber que foi desenhado por Gerald Holton e tem um história que quase ninguém conhece. Foi pensado para a campanha de desarmamento nuclear levada a cabo pela Inglaterra nos finais dos anos 50 e espalhou-se pelo mundo hippie como um sinal de paz que perdura até hoje. Podem investigar mais sobre ele AQUI.

Voltando ao “Paz por Paris”, o estilo do grafismo é o mesmo das outras ilustrações do Jean Jullien e a sua simplicidade e representatividade levaram a que o mundo o utilizasse como forma de mostrar o pesar e solidariedade para com a vítimas do atentado, suas famílias e amigos. Um traço a pincel que mostra apenas 3 ou 4 gestos mas adquire uma carga dinâmica e espontânea de urgência que o momento pedia.

face

Já se fizeram muitas variações do símbolo, colocaram-se cores, inverteram os tons, surgiram símbolos parecidos, adicionaram a bandeira de França, pintaram-no na cara, apareceu nos orgãos de comunicação social todos e continua a espalhar-se como bastião de liberdade.

Dois símbolos para dois momentos da história recente onde vemos o poder do design gráfico e a capacidade de representação que tem, há mais de 50 anos foram as questões dos receios do uso das armas nucleares, hoje é o medo do terrorismo que é trazido para a sociedade ocidental por pessoas com uma visão do mundo no mínimo muito diferente da nossa.

O Jean Julian esteve muito bem e conseguiu cativar o mundo com a sua visão do que aconteceu, esperemos que ele não tenha que desenhar mais símbolos com esta carga negativa e que continue com a sua divertida e colorida obra num mundo mais tolerante.

jj

 

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A Google tem novo logótipo

Posted on 3 Setembro, 201514 Junho, 2018 by ideoma

googs-new

A Google sempre foi muito temerosa em relação à mudança do seu logótipo inicial, (podem ler acerca disso aqui) mas muito recentemente apareceu com mais um passo no processo de modernização do seu conhecido logo colorido.

Desta vez, a operação gráfica consistiu em mudar o tipo de letra do estilo clássico serifado para um estilo mais moderno sem serifas e com uma geometria pura bem vincada. A Google há pouco tempo foi “introduzida” na Alphabet que se tornou a empresa mãe desta mega multinacional e suas derivações, talvez para assinalar essa mudança tenham posto à prova os designers gráficos internos que chegaram a uma solução mais simples e moderna. É bom verificar que finalmente se livraram de um estilo de letra antiquado que não fazia sentido numa empresa ligada à evolução e inovação tecnológica que diz sempre de si própria que não é convencional.

“ A Google não é uma empresa convencional. Não tencionamos tornarmo-nos numa.” Larry Page (Co-Fundador da Google)

goog

O processo criativo a julgar pela imagem em cima parece ter ido muito mais longe em termos de originalidade do que o resultado final.

Analisando o novo logo, temos que concordar que houve uma evolução muito positiva e que tem continuidade com o passado da marca e com a identidade gráfica da empresa.

A palavra Google por si só é uma marca e adicionando as cores primárias que nos fazem lembrar os legos (ou até a Microsoft) poderíamos escrever a palavra em qualquer tipo de letra que teríamos imediatamente “um logo” Google.

googs

A nova identidade  é complementada por mais 2 recursos gráficos principais, que podemos ver em cima, os 4 pontos coloridos e o G colorido. A Google tem um logo que precisa ser muito mais polivalente do que as empresas comuns visto que possui inúmeros suportes e inúmeras aplicações possíveis em todas as valências tecnológicas que a formam enquanto grupo. Esta nova imagem gráfica teve em conta tudo isso de uma forma unificada e daí o aparecimento dos pontos e do G que servem de uma forma eficaz os objectivos da sua existência. Os pontos servem para momentos de transição e fazem vários efeitos e movimentos consoante diversas situações. Quanto ao G, serve para quando a aplicação é feita em espaços pequenos como por exemplo no favicon nos browsers.

Concluindo esta breve crítica, a Google mudou para melhor e finalmente tem a nosso ver um logótipo adequado a uma empresa deste nível e desta natureza. Como ponto fraco e sem atirar as culpas para os designers autores desta actualização, a única coisa a apontar é o conjunto de cores ser o mesmo da Microsoft, uma empresa que opera no mesmo ramo e com a qual se cruza muitas vezes. Talvez um passo mais arrojado no futuro seja mudar a paleta de cores.

Podem ver o processo de design na própria página da Google Design.

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Novo logótipo do Sapo

Posted on 14 Novembro, 201426 Agosto, 2016 by ideoma

“O SAPO surgiu em 1995, na Universidade de Aveiro, como um motor de busca. Desde aí, evoluiu para um portal e um fornecedor de serviços e tecnologia digital, líder em Portugal.”

Esta é uma citação do maior portal português que faz 19 anos e com essa data surge um novo design gráfico. Como uma verdadeira empresa tecnológica o logo inicial era uma verdadeira desgraça, a cara de um “sapo” que sorria para o observador com um grafismo muito “cartoon” e que consistia numa oval verde com duas ovais amarelas mais pequenas que definiam os olhos e uma boca com um sorriso estranho onde podíamos ver a língua vermelha.

brand

Esta cara acompanhou os portugueses desde 1995 e apesar da qualidade não ser a melhor era um logótipo que funcionava bem, com um reconhecimento imediato e boa aceitação pelos clientes (isto apesar de ser uma rã e não um sapo). Nestas duas décadas houveram modificações no logo inicial mas focavam-se mais na tipografia mantendo o ícone da cara pouco alterado. Quando a empresa começou a crescer e a investir em campanhas publicitárias mais complexas apareceu uma mascote que à semelhança do logo é uma rã e não um sapo. Esta escolha muito possivelmente deve-se ao aspecto dos sapos ser mais desagradável comparando com as rãs.

Podem ver a diferença entre sapo e rã AQUI (já agora o Cocas, o sapo (Kermit, the frog) também é uma rã!)

sapo hor

O novo logo aparece-nos com um grafismo renovado e completamente diferente e com um aspecto mais profissional, um sapo construído a partir de uma espécie de geometria origami que se enquadra bem numa empresa de tecnologia. Nota-se que existiu um pensamento cuidado, um processo aprofundado e um desejo criativo por trás da nova marca. Pelo que percebemos este trabalho foi feito pela equipa de design interna do SAPO e há claramente uma vontade de viragem e de procura de uma qualidade gráfica que represente a qualidade os serviços da empresa.  Existe uma versão horizontal e uma versão vertical, existem também variações em que é colocado um subtítulo de modo a indicar o país ao qual se refere o logo. (podem ver o manual de normas AQUI.

 

sapo-int

 

Este novo logo forma a volumetria lateral de um sapo através de uma inteligente composição com triângulos que é completada por um olho desconcertante que nos parece perseguir. Este olho na nossa opinião é o ponto fraco do design, é um elemento que parece manter um pouco de “cartoon” na essência do design e pensamos que cria contraste demais com o verde, se fosse amarelo como no sapo anterior talvez fosse melhor solução.

A forma complexa deste logo vai apoiar a sua geometria à proporção de ouro tal como podemos ver no esquema em baixo.

 

sapo ouro

As soluções gráficas que acompanham o novo logo na nossa opinião não acompanham a qualidade do mesmo, são bastante básicas e num “estilo”muito utilizado actualmente no panorama do design global. O padrão chave é o que mostramos em baixo.

sapo-t

No que diz respeito à tipografia utilizada no título SAPO, chama-se Proxima Nova e é uma fonte bastante sóbria, muito bem desenhada que é uma espécie de intermédio entre  fonts como a Akzidenz Grotesk e a Futura

 

No geral consideramos este trabalho um óptimo exemplo de qualidade e um bom modelo de procedimentos para outras marcas que estejam a pensar de alterar as suas identidades gráficas.

 

 

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Novo logótipo da Compal é frutológico.

Posted on 5 Agosto, 201426 Agosto, 2016 by ideoma

compal

A conhecida marca portuguesa Compal pelo início da primavera apresentou a sua nova imagem. Segundo os responsáveis o novo logo procura transmitir de uma forma mais imediata a sua ligação à natureza e ao natural. O novo grafismo consiste na palavra Compal com um efeito arqueado e “enfeitada” com folhas, um coração e uma gota. O título aparece num vermelho forte com o maior protagonismo e deixa os restantes elementos para segundo plano, o ano da fundação da marca aparece em baixo numa estratégia de mostrar ao consumidor que a Compal tem muitas experiência e sabe o que faz.
compal-evolucao
O logótipo evoluiu bastante desde há 62 anos como podem ver na imagem em cima. Começou por ser uma palavra com a simulação muito crua de volume com umas folhas bidimensionais, depois evoluiu para a palavra dentro de uma oval com dois tons de laranja, nos anos 80 o design foi depurado e tornou-se totalmente bidimensional. Em 1994 apareceu uma oval mais dinâmica com uma lista azul diagonal por trás e voltou a referência da folha, estes elementos sobreviveram até ao logo actual apostando sempre na oval e nas folhas. A última versão de 2008 contava com um traço azul por baixo da palavra Compal que podemos ver como um sorriso. Vemos o logo actual como uma evolução pertinente tendo em conta o curso do design ao longo dos anos. A oval foi excluída embora a forma esteja subentendida na mancha actual, as folhas multiplicaram-se e as cores mantiveram-se. Como novos elementos temos o coração central que está acima da palavra Compal e a gota amarela igualmente em cima e a data da fundação tal como já referimos em cima. Parece-nos um trabalho competente embora tenhamos alguns pequenos aspectos a apontar, a recorrência a este tipo de design fragmentado com folhas é bastante comum, o tipo de letra parece-nos pouco sólido e rigoroso e achamos que a disposição das letras poderia estar mais equilibrada.

sumol-compal

Notamos a influência do logo do grupo Sumol+Compal no movimento, cores e orgânica do logo e é normal que assim seja visto que a Compal é um dos braços do grupo. Os responsáveis da marca falam em naturaliudade e pureza e num conceito original que denominam de frutologia.

compal-evolucao-embalagens

As novas embalagens também estão muito bem desenhadas e o logo ganha uma nova vida em conjunto com o novo design que tem pormenores bastante interessantes nomeadamente a nível de composição tipográfica.

Conclusão, parece-nos um bom  passo dado pela Compal que actualiza a sua imagem com vitalidade, representatividade e … frutologia.

 

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Análise ao logotipo da nova marca Nós

Posted on 23 Maio, 201426 Agosto, 2016 by ideoma

logotipo pt nos

A fusão entre a Zon e a Optimus tem sido muito badalada e não é pelas melhores razões.

A nova marca desenvolvida pela gigante inglesa Wolff Ollins está a ser ridicularizada nas redes sociais e temos que concordar que é mais um falhanço desta grande firma que já tinha sido enxovalhada com o branding dos Jogos Olímpicos de 2012.

Começa a ser habitual as grandes empresas de branding apresentarem trabalhos gráficos medíocres onde os conceitos aparecem como alma e motor das marcas deixando o aspecto visual para segundo plano. Na nossa opinião esta é uma grande falha na estratégia de branding que torna as marcas pouco convincentes e apelativas. A Sonae foi um destes casos, a Fidelidade outro, a Microsoft e a EDP também apresentam trabalhos pouco convincentes.

zonoptimus

A Zon tinha uma imagem bastante bem conseguida com um aspecto arrojado, sofisticado, tecnológico e inovador, a Optimus também tinha apostado num logo muito original que era uma espécie de bolha de lava dotado de movimento, com recurso à simulação de volume e que contava com variadas configurações. A junção das duas marcas deveria ser um trabalho gráfico que elevasse as marcas e a qualidade do seu design gráfico e o resultado desta junção foi na opinião geral o contrário.

nos-mupi

Podemos descrever a nova marca como sendo a palavra “NOS” onde o “O” se transforma numa circunferência formada por dezenas de traços a apontar o centro da mesma. O logo aparece nos diversos suportes sempre a preto e sempre plano. Como complemento ao logo monocromático aparece uma identidade gráfica com arcos mais uma vez formados com os traços concêntricos dotados de inúmeras cores com contrastes mal conseguidos e que rege toda a imagem da marca. É curioso este contraste entre o negro plano do logo e a parafernália das aplicações da marca nos suportes publicitários como os mupis, lonas publicitárias, outdoors, website etc. Há um lado positivo nestes suportes que é chamarem bastante à atenção pela saturação de cor a contrastar com o plano de fundo branco imaculado, por cima destes aparecem inúmeras imagens de conteúdos de televisão, personagens de séries etc que em alguns casos contribuem mais uma vez para a falta de harmonia da linha gráfica.

nos-simpsons

A tipografia utilizada é uma boa surpresa, denomina-se AZO e foi criada por Rui Abreu, um designer português. Esta tipografia é bastante simples e legível e tem alguns pormenores interessantes o que a torna uma boa aposta por parte da Wolf Ollins.

A “NOS” junto com a Sonae é um dos casos mais gritantes da alienação que as grandes empresas de branding denotam actualmente e que as leva a desvalorizar a qualidade do design gráfico. Talvez a máxima do Brendan Behan que “Não há má publicidade” funcione e que haja estudos que o comprovem! Já na Sonae o conceito por trás do logo formado por um grande número de círculos era a multiplicidade da empresa e agora este logo é formado por dezenas de traços coloridos que a marca diz representar a multiplicidade das pessoas que utilizam os seus serviços.

A tendência actual do branding são as cores puras e planas e os princípios do sistema gráfico Metro que prima pela bidimensionalidade e simplicidade, basta pensar no interface do Windows 8 e no logo da Microsoft e perceber que existe um traço comum.

prato-nos

Existem engraçadinhos pelas redes sociais a comparar o logo a um prato do supermercado Continente embora o logo em si seja monocromático e só a linha gráfica tenha o “arco-íris”.

nos-meo-spot

Outros encontraram de imediato parecenças com um logo ligado à concorrência, o Meo Spot, esta semelhança a nossa ver é bastante grave e mostra a falta de conhecimento das marcas concorrentes. Outros ainda brincam com a falta de acento no logo que se lê “NOS” e não “NÓS” como a marca deseja e publicita. Talvez por ter sido feita por ingleses não tem o acento acaba por se ler “Nos”.

Concluindo, temos que dizer que esta marca está muito mal pensada e que esta junção de empresas merecia um trabalho competente.

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Logo Association of Professional Bodyboarders

Posted on 18 Março, 201426 Agosto, 2016 by ideoma

apb-logo

Neste projecto o desafio era grande, representar mundialmente um desporto de ondas extremamente popular e que é concorrente directo do Surf, o Bodyboard. Para quem não está familiarizado com este desporto ele consiste em apanhar ondas deitado numa prancha com o objectivo de manobrar com radicalidade ou entubar nas ondas mais ocas. Podemos dizer que este desporto partilha muitas coisas com o surf mas distingue-se por permitir ao praticante estar num contacto mais directo e íntimo com a onda e explorar mais profundamente os tubos das ondas. O surfista Tom Morey quando criou a inovadora prancha de bodyboard nos anos 70 disse: “Eu conseguia realmente sentir a onda através da prancha. Era uma experiência totalmente nova. Numa prancha de surf não sentimos as nuances todas da onda; sentimos apenas o que a prancha está a fazer na onda. Mas com a minha nova criação eu conseguia sentir tudo. Eu estava a pensar para mim, “Esta cena é manobrável, é durável, pode ser produzida de forma barata, é leve, é impenetrável… Meu Deus, isto pode ser uma grande descoberta!”

bb-logos
Começamos como sempre por fazer uma pesquisa pela internet de modo a vermos os logos dentro do contexto e a perceber a melhor estratégia para projectar uma solução original, demarcada, representativa e eficaz.
Esta modalidade tem algumas particularidades e antes de passarmos ao desenho tivemos que pesquisar e pôr-nos ao corrente dessas características próprias para entender toda a riqueza e minúcia do desporto. Existem algumas exigências de estilo “requeridas” aos atletas pelos seus pares, um exemplo disso é o cruzar das pernas quando se executa a manobra do 360º (uma volta completa sobre a água ou no ar). Outro exemplo é esticar os braços quando se faz um “El Rollo”, uma manobra que consiste acompanhar o movimento do “enrolar” da onda dando uma volta sobre si próprio num eixo horizontal. Apresentamos algumas propostas que retratavam diversas manobras, o invert que é um voo sobre a onda cujo bodyboarder sai projectado pelo ar com a parte de baixo da prancha virada para o céu, esta manobra é uma das mais difíceis e apreciadas pelos praticantes; o tubo que consiste em passar por dentro da onda e o objectivo é estar o maior tempo possível dentro da mesma e o 360ª aéreo que é uma manobra muito exigente e muito representativa.

apb-varials

O cliente escolheu esta terceira hipótese e como é habitual afinamos um pouco o design de modo a conseguirmos uma boa legibilidade em fundos de várias cores e em diferentes tons.

bp-logo

A cor escolhida para a versão original e primária do logo foi o azul para termos uma ligação inequívoca ao mar, local onde se pratica o bodyboard 99% das vezes. A silhueta do atleta foi inspirada por uma fotografia dessa manobra onde o protagonista é o actual campeão mundial, o australiano Ben Player. Além da silhueta do bodyboarder temos uma linha e um borrão azul. Este foi um dos recursos gráficos adicionais para dar dinamismo e o aspecto visual da água que é atirada para o ar quando o bodyboarder sai a voar em rotação. A onda aparece simplesmente como uma linha por cima do título APB e serve apenas para nos dar a perceber que o bodyboarder está “descolado” da água.

Quanto à tipografia utilizada optamos por uma versão trabalhada da Walkway pela sua originalidade q.b., simplicidade e legibilidade.

A Association of Professional Bodyboarders está a dar os primeiros passos e nós esperamos tê-la ajudado a expandir a sua imagem pelo mundo e a divulgar este desporto que a nosso ver tem muito potencial.

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Logótipo da Super Bock ou Lucky Strike?

Posted on 11 Novembro, 201326 Agosto, 2016 by ideoma

super strike

A Super Bock pagou 10 milhões de Euros para fazer um rebranding, o resultado obtido pela Ivity é o famoso e icónico logótipo da Lucky Strike! A cervejeira portuguesa sempre teve o rótulo bastante aproximado ao estilo Lucky Strike mas agora a semelhança é incontornável e isto parece-nos despropositado.

lucky package rauymond loewe

Interessa-nos saber que o desenho da Lucky Strike é um dos casos de maior sucesso de uma marca baseada no seu design. Raymond Loewy foi o autor da mudança para a embalagem branca com o logo circular vermelho que se encontra quase inalterada até hoje e que impulsionou as vendas da marca de uma forma impressionante. A embalagem anterior era verde com um logo circular vermelho diferente do actual. Ao mudar a embalagem para branco Raymond Loewy quis torná-la mais atractiva para as mulheres.

new-lucky-strike

Actualmente existem rumores acerca da mudança do logo da Lucky Strike para se assemelhar ao design anterior à versão de Loewy mas não sabemos se é uma mudança restringida à Alemanha ou extensível ao mundo inteiro.

old-logos

Quanto à Super Bock, parece-nos que sempre houve muitas afinidades entre o seu design e o da tabaqueira, mesmo os seus primeiros rótulos desenhados vemos parecenças com o logo da Lucky Strike. todavia o logo actual é parecido demais com o design de Raymond Loewy e faz-nos pensar se esta mudança será um fruto da ignorância da Ivity ou se pelo contrário pretende ir buscar à imagem da Lucky Strike o símbolo de sucesso que esta representa.

Pensamos que uma marca sólida como a Super Bock deveria apostar na originalidade e evitar este tipo de polémicas. O percurso gráfico da cervejeira permite-nos chegar logicamente à imagem actual, ou seja a imagem actual parece ser um passo lógico na evolução da marca, no entanto é um erro ter um logo semelhante a uma das marcas mais reconhecidas do planeta. Talvez a Super Bock e a Ivity achem que a cultura visual da maior parte das pessoas não desvende esta semelhança. Há até um vídeo irónico acerca desta mudança que podemos ver em baixo.

Não sabemos qual vai ser o próximo passo da Super Bock em termos de design mas se tivermos em conta a Lucky Strike como indicador poderá passar por voltar aos designs retro do seu passado!

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Novo logótipo da Federação Portuguesa de Surf

Posted on 5 Novembro, 201326 Agosto, 2016 by ideoma

fps-actualDepois da ASP – Association of Surfing Professionals ter reformulado o seu logótipo chega a vez da FPS – Federação Portuguesa de Surf .

Este novo design caracteriza-se por ter uma forma circular e as quinas nacionais no centro dispostas em cruz.
O projecto esteve ao cargo da Goma  uma empresa com um bom portefólio  em todo o tipo de design gráfico.

fps-antigoO logótipo anterior (em cima) estava francamente datado, este mostrava um brasão verde com as quinas em azul escuro, um surfista a descer a parte curva à esquerda, a sigla FPS a encimar o conjunto e o título por extenso por baixo do mesmo. A tipografia da sigla era do estilo “ficção científica” que não conseguimos encontrar o nome, a do título por extenso era a clássica ITC Bauhaus. As cores nacionais estavam bem explícitas apesar de proporcionarem um contraste pouco harmonioso com o azul escuro dos restantes elementos.

Concordamos que era tempo de mudar, o logótipo anterior já tinha muito tempo e a FPS recentemente elegeu um novo presidente, é normal que este queira fazer transformações.  Todavia  o novo logótipo parece-nos desequilibrado, pouco representativo e sem personalidade. A imagem assemelha-se a um esboço inicial do que poderia ser  e que será trabalhado para atingir todo o seu potencial.

fps-horizontalversão horizontal

A FPS tutela vários desportos, desde o Surf até ao Skate passando pelo Bodyboard, Skimboard, Longboard e Kneeboard. Parece-nos que o estúdio Goma quis fazer um trabalho no qual a FPS não se comprometesse graficamente com nenhum dos desportos que representa dando apenas um pouco de primazia ao Surf que lhe dá o nome. Era um objectivo difícil e pensamos que neste caso não foi conseguido. O logótipo à primeira vista diríamos que tem mais a ver com uma federação de algum desporto de “bola” pela sua forma, aliás fez-nos lembrar ligeiramente o antigo logótipo da Federação Portuguesa de Andebol. O logo anterior demarcava-se melhor neste aspecto porque utilizava a imagem do surfista a “dropar” e tinha a forma do brasão em vez do círculo.

FPAndebolA geometria deste logo é como já foi referido marcada pelo círculo, as quinas estão centradas e o equilíbrio não é conseguido devido ao corte feito à direita para indiciar a crista de uma onda. Este corte faz com que a mancha gráfica tenha muito mais peso à esquerda o que faz derrubar o equilíbrio da composição agravado por alguma falta de rigor na disposição das quinas.

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Outra característica do logo que é um pouco intrigante é a escolha das cores, normalmente as cores nacionais (verde e vermelho) são representadas neste tipo de instituições  mas aqui vemos um azul esverdeado que possivelmente tem origem na cor típica do mar mantendo-se um vermelho (escuro) das quinas.

Quanto à tipografia pensamos que é a Alright Sans um tipo de letra bem desenhado mas que mais uma vez não tem personalidade e facilmente pode ser confundida com a Arial ou a Helvetica.

Achamos que uma federação que representa um conjunto de desportos onde a irreverência, vitalidade e originalidade é notória deveria ter um logótipo mais rebuscado e criativo. O estúdio Goma ficou aquém do seu potencial e a FPS ficou com uma imagem aquém do seu valor.

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Novo logótipo da ASP – Association of Surfing Professionals

Posted on 21 Outubro, 201326 Agosto, 2016 by ideoma

ASP logotipo pt

A Association of Surfing Professionals (ASP) recentemente revelou que o próximo ano competitivo no mundo do surf terá uma parceria com o Youtube e Facebook e neste rumo apareceu um novo logótipo. A nova imagem vem substituir um logótipo que efectivamente tinha um aspecto datado e que podemos ver em baixo.

aso antigo logotipo pt

Este logo contava com a sigla ASP que simulava uma onda com dois tons de azul e que era cortada pelo movimento com alguma dinâmica de um surfista. Na nossa opinião era bastante representativo da associação que gere os campeonatos do mundo de surf profissional nas vertentes shortboard e longboard. O logo tinha dois elementos fulcrais, o surfista e a onda, embora esta esteja subtilmente colocada no grafismo das letras ASP. Este logo não era nada de extraordinário e nem sequer o consideramos um bom logo mas o simbolismo era bem legível e adequava-se perfeitamente.

No novo design temos um grafismo completamente diferente, foi uma mudança que apostou na ruptura. Isto pode querer dizer que a ASP quer um novo rumo para si, talvez ser mais “brandable”.

Agora temos um logótipo com um grafismo marcadamente retro e incolor que muita gente já referiu como “hipster”. Neste novo desenho temos a forma circular como matriz principal onde vemos uma onda estilizada no centro, um sol colocado por cima da mesma e a sigla ASP por baixo. Numa faixa central temos a indicação da data de fundação da associação, 1976 e em torno destes elementos a extensão “The Association of Surfing Professionals”. Para finalizar esta composição existe uma série de “raios” que formam uma espécie de recorte ondulado muito comum na estética gráfica hipster. Aliás tudo neste logo pode ser encontrado nesse tipo de estética, desde a data, linhas simples e ausência de cor, texto com serifas “slab”, a forma circular e a configuração típica de carimbo. Houveram até comentários depreciativos onde referiram o portal “hipsterlogo.com” onde podemos construir um logo baseado neste tipo de estética retro.

hipster-logos-logotipo-pt

O logo foi desenhado pelo estúdio californiano  Libre e consideramos o logo bem construído, equilibrado e agradável em termos gráficos mas por outro lado não achamos que seja representativo da associação. O logo tem uma onda, tem o sol mas não tem o surfista que consideramos ser um elemento fulcral. Isto pode dever-se à polivalência desta associação que conta não só com o surf (shortboard) mas também com o longboard e tem várias divisões por faixas etárias e género dos atletas. Qualquer das formas seria facilmente contornável essa questão colocando uma figura humana em pé junto da onda ocultando a prancha na qual está a surfar.

Há outra falha que este logo tem que é a legibilidade em tamanhos pequenos onde se torna impossível ler a extensão do título e data, sabemos que o fulcral é o elemento da onda e a sigla ASP mas então talvez devesse haver uma versão diferente para tamanhos reduzidos que não tivesse os elementos ilegíveis.

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Este logo é um passo ousado por parte da ASP, tem um grafismo muito diferente daquilo que encontramos nas típicas marcas de surf que apostam na cor e nas manchas gráficas fortes e que se destacam nas pranchas e vestuário. Será que a ASP não quer entrar na onda ou está a encabeçar uma revolução não estética surfística? Só o teste do tempo poderá responder a isto.

* Actualização *

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Parece que a equipa de design da ASP “ouviu” o nosso conselho e resolveu fazer um ícone para as redes sociais só com o essencial do logo! Se forem à página de Facebook da ASP já podem encontrar lá este ícone da imagem de cima.

Em baixo podemos ver a versão que tinham colocado inicialmente comparada com a versão actual.

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O Bing tem novo Logótipo

Posted on 13 Outubro, 201326 Agosto, 2016 by ideoma

bing novo logotipo pt

O Bing, o concorrente mais directo da Google, reformulou o seu logo. Apesar de ser o segundo motor de busca mais utilizado o Bing está muito aquém do Google e o seu design gráfico sempre foi muito fraco.

Com esta mudança gráfica este motor de busca tenta melhorar a sua relação com os utilizadores e ser uma ameaça mais forte em relação ao universal Google.

O novo logo procura um grafismo que o faça inequivocamente pertencer à família Microsoft, visto que é uma marca desta grande empresa. Podemos comparar o novo logo com o do Windows, X Box e Office na imagem e perceber que esta família Microsoft adoptou uma cor para cada um dos seus subsidiários sendo que o Bing ficou com o amarelo. Estes logos mais uma vez obedecem à lógica da linguagem gráfica Metro que já falamos em vários artigos deste blog e que tem como principal característica a simplicidade e aposta na bidimensionalidade.

bing novo familia microsoft

O novo logo parece-nos aceitável, foi um passo positivo em relação ao anterior que era um logo que contava apenas com a tipografia a dizer “bing” em azul com uma pinta no “i” amarela. Este logo (anterior) foi bastante criticado porque notoriamente estava “esticado” na horizontal ficando bastante desproporcionado e para os observadores mais versados em design gráfico simplesmente inaceitável! Mais uma vez estava à vista de todos a ignorância e falta de discernimento de uma grande empresa do contexto da internet em termos de design gráfico.

bing-logo antigo

No novo design o logo é formado por duas partes, um “b” minúsculo que funciona como símbolo e a palavra “bing” no lado direito a completar a composição. O logo está equilibrado e o ícone tem força e funciona bem com ou sem a palavra “bing” ao seu lado.

As linhas de construção do logo por outro lado são um pouco despropositadas e não conseguimos vislumbrar o porquê da sua geometria e dos seus ângulos. Parece-nos tudo muito fortuito e sem lógica, a única referência clara é a conexão do símbolo com a palavra “bing” escrito com a tipografia Segoe e que tem o “b” cortado no topo na continuação da linha do topo do ícone.

bing linhas

Esta mudança traz consigo um novo sistema de busca, um Bing mais espontâneo e criativo, mais à imagem dos seus consumidores, isto segundo a própria marca. Podem ver um vídeo do Bing a promover as novas potencialidades e personalidade do motor de busca:

Não podemos deixar de falar em alguma semelhança com o logo do Google Drive não só na forma triangular mas também no grafismo e mais próximo num logo que bem conhecemos, o do Banco Popular. Óbvio que não estamos a acusar os designers de cópia mas fez-nos imediatamente lembrar estes dois logos.

bp-drive

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Google actualiza o seu Logótipo

Posted on 3 Outubro, 201314 Junho, 2018 by ideoma

Google novo logo

Actualização: Novo Logótipo do Google

A Google dá mais um pequeno passo para tornar o seu logo bidimensional! Já tínhamos falado das reticências do Google no que diz respeito a um corte radical com o seu logo colorido ao mais puro estilo “lego”.

A Google desta vez optou por tirar a simulação de volume das letras e deixou apenas um gradiente muito subtil em cada uma das letras.

Arriscamos a adivinhar que a próxima vez que decidirem mexer no logótipo vai ser para tirar o gradiente das letras e  finalmente poderão dar por terminado o longo caminho que paulatinamente traçaram desde o 3d até à bidimensionalidade.

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Logótipo McDonald’s muda para verde

Posted on 12 Setembro, 201326 Agosto, 2016 by ideoma

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Uma das marcas mais conhecidas do mundo, a McDonald’s, está a levar a cabo uma mudança subtil a nível cromático. Se repararem, o vermelho do logo, das coberturas dos restaurantes, reclames, etc tornou-se verde-escuro. Da própria McDonald´s há muito pouco feedback e não há nenhuma comunicação oficial sobre a mudança de cromatismo europeia, apesar disso encontramos este comentário de Hoger Beek, vice presidente da McDonald’s Alemanha:

“Com esta nova aparência queremos clarificar a nossa responsabilidade com a preservação dos recursos naturais. No futuro teremos um foco ainda maior nesse contexto”.

Esta mudança pelo que descobrimos é exclusiva para a Europa e gostávamos de perceber qual é a razão desta selecção. Pelo que conseguimos apurar não é só o logo que muda na Europa, todo o comportamento ecológico é diferente apostando mais na reciclagem, uso de combustíveis verdes, uso do óleo das frituras para os veículos, refrigeração mais amiga do ambiente, design de embalagens pensado para ser reutilizado e feito com materiais reciclados, campanhas de utilização de matéria-prima local entre outras. (podem ver o site interno desta campanha e tirar as vossas conclusões.)

Achamos estranho esta mudança aparecer de uma forma gradual e sub-repticiamente enquanto os clientes habituais nem dão pela mudança. A McDonalds considera os clientes europeus mais preocupados com o futuro do planeta do que os clientes dos restantes continentes? Se assim for é bastante bizarro visto que por todo mundo as pessoas estão cientes e empenhados na melhoria dos comportamentos ambientais, países que vão desde o Canadá até à Austrália. Há uma grande falta de coerência desta estratégia visto que países como a Finlândia e a Suécia, grandes defensores de políticas ambientais sustentáveis continuam a ter o logo em vermelho enquanto que a Alemanha, país onde se iniciou esta mudança podemos ver o logo sobre fundo branco e com muito vermelho pelo site.

É positivo que esta grande empresa esteja a fazer um esforço para mudar as suas práticas com vista a melhoria da sua imagem aos olhos dos clientes mas por outro lado fazendo-o da maneira como o está a fazer cria uma grande confusão que tira valor à coesão global da marca que sempre se fez com o amarelo sobre o fundo vermelho. Por exemplo, depois de uma pesquisa pelos vários portais da McDonald’s pelo mundo descobrimos um logo amarelo sobre fundo castanho no Japão e um sobre fundo preto na Rússia!

 

mac-world

Apesar de todo este marketing “verde”, a McDonalds tendo em conta o seu produto, a carne, é uma fonte gigantesca de poluição. A produção de carne é uma actividade que é um dos maiores flagelos para o ambiente se tivermos em conta que a produção de 1 kg de carne se necessita de 44m² de área desflorestada e 15 mil litros de água doce limpa e que as “fábricas” de carne são uma das maiores causas de poluição atmosférica por causa dos dejectos e gases dos animais.

Pensamos que uma marca como a McDonalds teria que apostar numa campanha global, bem estruturada e coerente ainda mais tendo em conta que hoje em dia com a internet e o fácil acesso a esta o mundo está todo conectado por uma distância muito curta.

 

 

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Nova Imagem | logótipo da Fidelidade

Posted on 19 Agosto, 201326 Agosto, 2016 by ideoma

A Fidelidade renovou a sua imagem, a empresa representa agora a fusão de 2 marcas que por sua vez já eram a fusão de outras 2: a Fidelidade + Mundial e Império + Bonança.

O design esteve ao cargo da grande empresa especialista na criação e gestão de marcas, Ivity Brand Corp. e pelo que nos dizem houve uma exaustiva investigação da história das quatro marcas que resultou na escolha da Fidelidade para representar a fusão. A Fidelidade segundo a Ivity tinha o património histórico mais significativo e é a marca mais capaz de transmitir o que esta fusão pretende.

 

O novo logótipo aposta numa solução que usa apenas a palavra Fidelidade com a cabeça de um cão integrada no no título, mais concretamente no primeiro D. Esta solução parece-nos um pouco pobre visto que tem falta de legibilidade em tamanhos pequenos. Para além disto, o grafismo utilizado remete-nos para um cão de guarda com um aspecto agressivo com ângulos vincados que nos faz pensar num cão de raça potencialmente perigosa como um pitt bull ou um dogue argentino.

Consideramos o cão uma escolha óbvia e pertinente para construir a nova marca mas pensamos que o grafismo do cão teria que ser muito diferente, “um cão leal” como diz o presidente da Ivity no vídeo. O cão adequado seria um cão amigável, um cão fiel, ” o melhor amigo do homem” como era utilizado no logo original da Fidelidade.

A Ivity tinha uma boa referência no referido património histórico da marca, concretamente na sua imagem de 1835 onde vemos um cão em posição de descanso com um aspecto sereno que se adequa à marca. Não estamos a defender o aspecto gráfico mas sim a “postura” e natureza do cão.

A cor vermelha foi a escolhida segundo a Ivity porque era a cor predominante nas marcas integrantes da nova Fidelidade mas além do vermelho estar apenas presente na parte Império-Bonança esta cor acrescenta agressividade ao logo e parece-nos despropositada. O sentimento de segurança está intrinsecamente ligado a cores frias e “calmantes”, (isto é o que a psicologia da cor nos diz) e por isso mesmo seriam mais adequadas do nosso ponto de vista. Há uma clara vontade de se demarcarem da palete de cores “comum” neste ramo mas o resultado é a imediata ligação ao ramo da saúde veterinária, aliás a primeira vez que olhei este logo num mupi pensei de imediato que era uma campanha ligada ao abandono de animais nas férias.

Concluindo, este trabalho parece-nos mais um falhanço da Ivity que já tinha sido bastante criticada aquando da elaboração da marca Sonae e que continua a sê-lo com a Fidelidade. Não encontramos nenhum aspecto positivo nesta renovação de imagem e há uma total falta de bom senso na aplicação da “cabeça do cão” quer no website onde aparece por todo lado quer em pormenores completamente caricatos como podemos ver em cima onde o pormenor aparece exaustivamente. A Ivity é uma grande empresa com vastos recursos e capacidade para fazer bons trabalhos, tem bons exemplos disso no seu portefólio. Ficamos à espera do próximo trabalho mediático.

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Logotipo Facebook

Posted on 17 Maio, 201326 Junho, 2018 by ideoma

A rede social com maior sucesso de sempre resolveu retocar o seu conjunto gráfico de ícones incluindo o “f” mais reconhecível do mundo. A marca Facebook e o seu logotipo é uma das imagens gráficas mais famosas do presente e a rede social conta com mais de 1 bilião de usuários e cresce cerca de 300 mil diariamente. Tal como constatamos com a Google há uma tendência para as grandes marcas do mundo da internet terem “receio” de modificar as suas imagens gráficas radicalmente talvez por considerarem que poderiam perder a personalidade que os “disparou” para o sucesso. O Facebook tal como a Google ou a Wikipedia fez apenas uma limpeza gráfica e pequeno retoque ao seu ícone “f” tornando-o mais bidimensional e simples. O Facebook segue assim outra tendência de design que já tínhamos falado acerca do Google Chrome, Windows e Microsoft que se viraram para uma linguagem assente em cores sólidas, superfícies planas e na negação de efeitos 3D mais complexos.

O logótipo original do Facebook apareceu contando apenas com a palavra “facebook” utilizando a tipografia Klavika de Eric Olson e um rectângulo azul que enquadra a palavra. Este azul tornou-se sinónimo da marca e um pouco como o vermelho da Coca-Cola é uma das cores corporativas mais reconhecíveis do panorama gráfico mundial.

Apesar de não considerarmos o trabalho gráfico inicial do Facebook uma obra-prima de design podemos dizer que serve bem o propósito, é bem legível e cresceu muito rapidamente acompanhando obviamente o sucesso da rede social de Mark Zuckerberg. Por outro lado este logo não é muito representativo como ícone pois não tem nenhuma simbologia claramente ligada a pessoas, redes sociais ou qualquer outra valência do Facebook.

Podem ver em baixo as mudanças dos ícones associados ao Facebook que neste caso tiveram modificações notórias e que como já tinhamos mencionado parecem ter como paradigma a tendência bidimensional da linguagem Metro da Microsoft.




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Entrevista ao criador do logótipo do Facebook

Posted on 7 Maio, 201326 Agosto, 2016 by ideoma

Entrevista a  Mike Buzzard da Cuban Council criador do logótipo do Facebook:

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Olá Mike, como conseguiste o prestigioso trabalho de desenhar o logo para o Facebook?

O Sean Parker contactou-nos no início de 2005 depois de ter tido uma referência nossa por um amigo dele. A nossa companhia tinha 3 pessoas na altura, os três fundadores: eu, o Toke Nygaard e o Michael Schmidt. Nós estávamos a organizar a nossa própria identidade corporativa e ainda não tínhamos nenhuns clientes fidelizados, avenças ou algo parecido, estávamos a trabalhar projecto a projecto.

Houve algum brief de design e se não houve como é que a direcção do logo foi decidida?

Não houve brief. Na altura o nosso processo era um pouco mais solto do que é agora. Maior parte das reuniões era com o Sean e uma vez foi com o Sean e o Mark no nosso escritório depois deles receberem o financiamento deles. Tivemos algumas reuniões no nosso escritório em San Francisco e também em Palo Alto, local onde eles se estavam a instalar na Emerson Street. O brief foi basicamente formulado durante as conversas nestas reuniões enquanto que a direcção do grafismo era baseada em selecções/desqualificações e posteriormente personalizações e refinações.

Como é que foi tomada a última decisão para ser um logo só com a palavra? Foi uma modificação de alguma tipografia existente ou foi feita de raiz?

Foi uma modificação da Klavika que foi desenhada pelo Eric Olson. O Joe Kral, designer gráfico e de tipografias, um amigo chegado que trabalhava frequentemente com a Cuban Council fez as modificações à configuração original enquanto eu supervisionei o processo.
Comparação por sobreposição da Klavika Bold com o contorno definido por Joe Kral. A maior diferença é no “c”.

Houve alguma razão especial para que o azul tivesse sido escolhido como cor principal da marca? Se sim, houve mais cores na selecção?

Experimentamos com várias cores mas o Mark estava muito decidido a usar o azul que derivou do original usado no “thefacebook.com” que ele escolheu baseado no seu daltonismo, disse-nos ele.

Ainda mantêm contacto com o Sean e o Mark?

Num determinado ponto o Sean perguntou-nos se estaríamos interessados em receber quotas da empresa pelo trabalho, mas como passamos por um crescimento entre 2000 a 2001 declinamos com confiança. Desde o projecto não tivemos muito contacto com o Sean mas já reunimos e trabalhamos com alguns dos seus representantes.

 

Como é que é saber que tiveram um valor fulcral no design de um dos logos mais icónicos do mundo digital moderno?

Quando o formulas dessa forma é um pouco intimidante. Penso que é uma questão de perspectiva– a perspectiva externa é que orquestramos um dos logos mais icónicos do mundo, mas para nós foi apenas mais um trabalho para uma start-up com pouco dinheiro que necessitava de um logo que durasse um bom tempo e que fosse bom. Penso que já estou dessensibilizado de tanto ver o logo e as variações do logo para todos os lados que eu olho- mas quando paro para pensar, diria que é pelo menos extremamente reconpensante.

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Entrevista retirada desta fonte

 

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Novidades Logótipos: Meo

Posted on 21 Janeiro, 201326 Agosto, 2016 by ideoma

 

A nova campanha da Meo começou com uma estratégia baseada no mistério colocando mupis com símbolos estranhos que ninguém conseguia desvendar e que criaram um pouco de burburinho acerca do que viria por aí. A Meo aproveitou a apresentação de um novo serviço para mudar de imagem. Este serviço é inovador e mais abrangente do que os concorrentes, chama-se M4O e integra televisão, internet, telefone e telemóvel. Pelo que apuramos a campanha da Meo parte da premissa de que a vida na Terra teve início em Cabeço de Vide  (teoria avançada pela NASA) e nessa localidade alentejana foram “descobertos” uns símbolos estranhos, os mesmos dos mupis. Os Gato Fedorento fazem parte da campanha televisiva com o seu humor habitual em anúncios rodados em Cabeço de Vide.

Quanto ao logo que a Meo apresenta parece-nos aquém do que estaríamos à espera desta empresa que tem como concorrentes marcas como a Zon, Vodafone e Optimus Clix cujo design gráfico é de topo. As marcas que os mupis nos mostravam sem quaisquer legendas eram na verdade as letras que formam o novo logo da Meo, Temos um M e um E semelhantes apenas tendo como diferença uma rotação lógica de 90º e uma diferença de proporções e temos o O que é um círculo. Estes três elementos estão a ser denominados de Meoglifos ( óbvia conotação com hieróglifos) e têm um aspecto propositadamente “primitivo” que aliás está presente em toda a linha gráfica da marca que usa texturas de pedra na sua linha gráfica .

É estranho ver uma empresa que aposta em tecnologia de vanguarda a recorrer a um grafismo com imagética “primitiva”. O anterior logo da Meo era bastante simples, sem nenhuma distinção em particular contando apenas com uma tipografia e era um dos mais simples do grupo PT, o sapo tem uma mascote (que estranhamente é uma rã) e o tmn ter um pormenor diferenciador no T que age como símbolo em certos casos de aplicação. Este novo logo deixa de ser “neutro” para assumir um papel de marca original, inovadora e extrovertida. O estúdio que teve ao seu cargo o design deste novo logo é a MyBrand, uma agência com nomes sonantes como clientes e que tem bastante qualidade no seu portefólio.

O slogan da marca passou a ser “é outra vida”, ou seja, a pertinência deste grafismo primitivo pretende dizer que está a nascer um novo paradigma de inovação com a marca mas é paradoxal visto que o grafismo que apresentam está ligado a uma imagética caricata que num tom jocoso podiamos denominar de “flintsoniana”. Pensamos que o observador não conseguirá ultrapassar esta dissonãncia entre grafismo e intenção da marca. A publicidade fala de uma nova “molécula”, M4O que tem um aspecto científico e tem um aspecto mais adequado ao tipo de serviço facultado pela Meo.

Em conclusão pensamos que o novo logo é desadequado, com uma composição desiquilibrada pelos dois signos iguais (M e E) com o O á direita, tem originalidade porque foge ao design “normal”  deste tipo de marca mas essa originalidade dá-lhe um aspecto caricato que retira a imagem profissional que a Meo pretende ter como serviço apesar das suas campanhas publicitárias serem fruto dos Gato Fedorento e serem bastante inortodoxas. Pensamos que o logótipo da Meo necessitava uma modificação pela falta de personalidade que tinha mas esta solução apresenta uma personalidade errónea e confusa.

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Logótipo para a “Woody Allen, queremos ver-te a filmar em Lisboa”

Posted on 4 Novembro, 20128 Abril, 2020 by ideoma

Tomamos conhecimento deste movimento pela imprensa e fomos cativados por ele desde o início, se o Woody Allen filmou por toda a Europa não é rebuscado que o faça aqui. O Woody Allen é um dos nossos realizadores favoritos e a vontade de participar neste movimento para trazê-lo ao nosso país para filmar uma longa-metragem foi imediata. Ao contactarmos o mentor desta acção ficamos a saber que havia interesse na nossa participação e as ideias que já estavam a maturar pelo nosso estúdio começaram a ser postas em papel e rapidamente este trabalho se tornou um dos mais desafiantes da nossa carreira. Construir um logótipo para um movimento desta natureza é muito diferente de projectar um logótipo para uma empresa e estava presente a esperança e ao mesmo tempo medo que o logo fosse visto pelo próprio Woody Allen.

 

Havia quatro coisas que era necessário mostrar de uma forma sumária como é apanágio dos logótipos, o Woody Allen, Lisboa, Portugal e Cinema. As primeiras abordagens iam nesse sentido, utilizamos claquetes, rolos de filme, câmaras de filmar, enquadramentos cinematográficos, entre outros juntamente com várias hipóteses com o Woody, em caricatura, numa foto trabalhada, apenas os óculos icónicos dele, a típico “uniforme” dele com o blazer, camisa e pullover. O Woody carrancudo, o Woody a sorrir, as ideias iam aparecendo cada uma mais segura que a outra. Lisboa apareceria como? Com a calçada típica? O eléctrico? O padrão dos descobrimentos? O skyline da cidade? A ponte 25 de Abril? A torre de Belém? Os corvos de São Vicente?


Houve um brainstorm intensivo, a conclusão foi que para representar Portugal podíamos recorrer a um símbolo inequívoco da nossa identidade aos olhos do mundo, os azulejos. Além de representativos os azulejos funcionam bem como plano de fundo dando colorido e complexidade à solução. Lisboa é representada pelos corvos de São Vicente, são símbolos bastante específicos desta cidade e existindo no logótipo da própria câmara municipal da cidade é porque têm força emocional e histórica para fazê-lo. Estes dois elementos estavam definidos, faltava agora descobrir a melhor forma para apresentar o protagonista do “filme”, o Woody Allen. Pesquisamos afincadamente retratos fotográficos, cartazes de filmes, caricaturas, desenhos etc. Depois de todo esse material à disposição desenvolvemos a nossa própria caricatura, trabalhamos uma das fotos mais icónicas dele e também uma silhueta da sua cabeça que tem um formato muito sui generis e logo bem identificável, em todas estas soluções estão incluídos os carismáticos óculos de massa.

Os nossos logos finalistas foram a votação por parte dos apoiantes da causa e o facebook acabou por ser a voz do “povo” que escolheu o logo da silhueta ficando em segundo lugar uma opção que contava com os “o” de Woody transformados em óculos, uma ideia nada original mas que fazia bastante sentido neste caso visto que o título do logo é tão extenso que se torna difícil o exercício de síntese.

Depois de escolhido o esboço trabalhamo-lo um pouco, melhorando a silhueta, os óculos, nariz e boca e distinguindo melhor a silhueta do fundo de azulejos. Foi um trabalho que como já dissemos foi algo difícil que criou alguns conflitos gráficos entre os nossos criativos mas no final todos ficamos satisfeitos com o resultado. Pensamos que conseguimos sintetizar os elementos que nos propusemos, o Woody claramente, Lisboa nos corvos, Portugal nos azulejos e o cinema está subentendido na própria personagem principal.

Resta-nos desejar boa sorte e muito empenho ao movimento e que o Woody venha mesmo ao nosso país para coloca-lo a brilhar numa das suas fantásticas histórias que vivem sempre entre o cómico e o mais profundo filosofar que retratam tão bem o seu criador.

Por favor façam “gosto” na nossa página de Facebook.
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Novo logótipo da Microsoft

Posted on 1 Outubro, 20128 Abril, 2020 by ideoma

A empresa informática possivelmente mais conhecida do planeta mudou o seu logótipo recentemente. A Microsoft apresenta-se agora com um logótipo bastante sóbrio de uma simplicidade intrigante e que parece ser uma espécie de “regressão” no que diz respeito ao novo logótipo da Windows.

Comparando o novo design com o antigo vemos que foi acrescentado um ícone muito reminiscente do logótipo da windows, quer pelo recurso aos quatro elementos quadrados quer pelas cores que claramente são as antigas do windows. O logo antigo da Microsoft como podemos ver na imagem era bastante simples contando apenas com um toque dinâmico na escolha do itálico no título e também um pormenor que liga o “o” ao “s”. Este logótipo estava bem conseguido e pecava apenas pelo espaçamento entre letras que nos parece algo desproporcionado em alguns detalhes.

Uma brincadeira que encontramos na net acerca deste novo design.

 

O novo logótipo tem o título com o tipo de letra Segoe à imagem do novo logo da Windows e da linha Design Metro criada precisamente pela Microsoft tal como a Segoe. Se virmos os novos sistemas operativos da Microsoft podemos ver claramente as linhas condutoras deste estilo de design e ver claramente de onde veio o logótipo actual da marca. Pensamos que é uma decisão corajosa optar por uma solução tão básica e tão “criticável”. A paleta de cores deste novo logo parece-nos um pouco desfasada da linguagem metro mas ao memso tempo é um logótipo pertinente e que faz bem o seu papel como cara da Microsoft. As referidas cores são muito difíceis de resultar bem num logótipo. pelo que  pensamos que deveriam ter optado por um cromatismo mais actual que divergisse do passado da marca e que são partilhadas pela família de design da Google.

 

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Novos logótipos, Repsol

Posted on 11 Junho, 20128 Abril, 2020 by ideoma

A Repsol , gasolineira Espanhola/Argentina renovou e revelou recentemente a sua identidade gráfica dizendo que é um trabalho das pessoas que trabalham na Repsol, jornalistas, especialistas de imagem etc, ou seja não revelam o estúdio responsável pela mudança. Este logótipo ( em cima) sempre me fez lembrar um pôr do sol no horizonte e penso que é claramente isso que pretende representar, a sua simplicidade e ao mesmo tempo a sua originalidade fazem deste logo um dos logos mais facilmente reconhecidos globalmente.

A nova versão ( a de baixo) que dispensa a linha azul escura e transforma-se numa espécie de globo com uma leve simulação de volume dada pelo brilho das partes amarela e vermelha. A linha azul torna-se branca embora o título “Repsol” se mantenha com a cor original.

No geral a evolução para o novo logo parece ser  isso mesmo, ou seja um ponto de partida que se transforma numa coisa melhor, mais actual, mais representativa e ao mesmo tempo sem perder a personalidade que tinha anteriormente. Pensamos que é um trabalho bem conseguido, uma mudança sem consequências graves ou nefastas para a marca e pelo contrário, uma mudança positiva e bem estudada que herda o que de melhor tinha no passado apontando um grafismo para o futuro.

Em baixo podemos ver o vídeo promocional da nova imagem da marca.

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Logótipo da Ongoing

Posted on 28 Maio, 20128 Abril, 2020 by ideoma

Ongoing quer dizer contínuo. A Ongoing é uma empresa que está a ser muito falada em Portugal devido a histórias de espiões, ministros e jornalistas que todos já conhecem, não nos interessa essas histórias para este artigo que visa apenas falar sobre o logótipo da referida empresa. Este artigo surge porque ao aparecer o logótipo da Ongoing no telejornal o achei deveras interessante e bem representativo da empresa. Como podem ver em cima o logótipo consiste numa sucessão de 4 octógonos que vão rodando alternadamente e dotados de um gradiente que confere uma certa incorporeidade que é muito bem conseguida também pela simulação de perspectiva do logo. O que me captou a atenção no logo é que me pareceu representar muito bem a ideia de continuidade presente no título Ongoing. No geral considero um trabalho muito bem conseguido com uma composição equilibrada baseada num eixo central, a tipografia está bem conjugada com o ícone octogonal, parece ser a Optima que é uma font semi serifada com um aspecto formal mas ao mesmo tempo com um toque de modernidade.

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Entrevista ao designer do logo da Apple, Rob Janoff

Posted on 20 Maio, 20128 Abril, 2020 by ideoma

Entrevista traduzida a partir do site Creativebits, ( a entrevista foi conduzida antes da morte do Steve Jobs)


«O logótipo da Apple é um dos ícones mais conhecidos no mundo, dando identidade a todos os seu produtos, desde os seus famosos objectos, ipods, iphones, ipads, etc…mas também a toda a sua imagem de comunicação como é exemplo o site da apple. Os fãs da Apple não só o poêm nos seus veículos para mostrar lealdade mas também vão ao extremo de o tatuar na própria pele, um nível de dedicação que poucas marcas conseguiram ter. O logo é admirado pela sua simplicidade e pelos muitos significados que as pessoas lhe foram anexando. É intemporal. Durante 30 anos continuou imutável e talvez dure mais 30 antes que se mude drasticamente.
Quando Jean Louis Gassée (executivo na Apple de 1981 a 1990) foi questionado acerca do logo da Apple ele respondeu:
Um dos mistérios mais profundos para mim é o nosso logo, o simbolo da luxúria e conhecimento, trincado, todo revestido com cores do arco-íris pela ordem errada. Não se podia pedir um logo mais apropriado: luxúria, conhecimento, esperança e anarquia.

Há muitas teorias acerca deste logótipo e muitas são apenas isso. Descubram a verdade, leiam a entrevista com o Rob Janoff, o designer do logo original da Apple, que nos vai dizer tudo acerca do seu design.

Quando é que desenhaste o logótipo original da Apple com as riscas coloridas?
No início de 1977. A agência tinha  a Apple como cliente desde Janeiro. O logo foi introduzido com um produto novo o Apple II em Abril desse ano.

Estavas a trabalhar para uma agência na altura?
Sim, trabalhava numa agência de publicidade e de relações públicas chamada Regis McKenna e eu era um dos directores de arte.

Conheceste o Steve Jobs?

Claro. A primeira vez deve ter sido no início desse ano. Foi antes dele estar a começar a sua empresa. Era o Steve Jobs, Steve Wozniak e o Mike Markkula. Ele era o mais velho que apoiou esses jovens empreendedores. Penso que o Mike Markulla foi a razão de termos ficado com a Apple como cliente. Ele era amigo do meu patrão o Regis McKenna.

Tinham algum brief deles?
Na verdade não houve. É engraçado que a única direcção que recebemos do Steve Jobs foi: «não façam um logo “giro”». Houve briefs em trabalhos seguintes. Primeiro havia o logo, depois um anúncio introdutório e uma brochura comercial para o produto novo. Mas era tudo muito descontraído na altura. Havia um logótipo predecessor ao meu. Um logo desenhado pelo Ron Wayne que tinha sido um sócio de curta duração dos Steves. Mais tarde ele recebeu um subsídio porque estava um pouco preocupado acerca das obrigações financeiras que poderia ter. Ele tinha uma jovem família e os outros não. O Ron fez um desenho em tinta do Sir Isaac Newton sentado debaixo duma macieira com umas fitas em torno do desenho. Eu percebi que aquele desenho não funcionaria numa perspectiva séria de mercado. Eles precisavam de um logótipo novo.

Quantas versões fizeste para a apresentação?
Apresentamos duas versões, uma sem a trincadela para o caso dele achar “giro” demais. Felizmente ele escolheu a que tinha mais personalidade com a trincadela. Francamente era um trabalho simples e falharíamos se não fizessemos um tipo qualquer de maça. Quando lhe apresentei o trabalho mostrei-lhe algumas variações, com riscas, cor sólida e efeito metálico, todas com a mesma forma.

Então mesmo na altura já tiveste a perspicácia de fazer uma versão sólida e uma metálica?
Sim, de certa forma estava obrigado. Quando se projecta um logo com muitas cores temos que pensar que vai haver locais onde temos que ter alternativas cromáticas. As riscas não funcionavam em escala de cinzas.

As cores representam a cultura Hippie, que estava na moda na altura?
Parcialmente foi uma grande influência, o Steve e eu vinhamos desse contexto, mas a razão mais sólida era que a Apple II era o primeiro computador pessoal que conseguia reproduzir imagens num monitor a cores. Por essa razão colocamos as riscas coloridas. Também era uma tentativa de fazer com que o logo fosse acessível a toda gente especialmente os mais jovens, o Steve queria colocar estes computadores nas escolas.

Na altura maioria dos logos eram só numa cor ou duas. Alguém lutou contra a tua ideia das cores?
O Steve gostou da ideia porque ele gostava de coisas “fora da caixa”. Hoje em dia não é assim tão revolucionário mas na altura era. Recebi bastante oposição de um dos meus superiores na agência, ele estava de certa forma a sabotar a minha solução na reunião de apresentação do projecto. Fez um comentário onde disse que uma nova empresa com este tipo de logo ficaria na penúria apenas com a impressão do estacionário. Foi este tipo de atitude que enfrentei na altura. O Steve gostou logo à partida, ele é um tipo bastante perspicaz e sabemos hoje que gostava bastante da originalidade também. Na altura um computador numa casa era uma ideia revlucionária visto que maior parte destas máquinas estavam em grandes empresas que eram paradigmas da tecnologia. Maior parte dos computadores pessoais que estavam a sair nessa altura tinham nomes muito tecnológicos, TRS-80 e coisas deste tipo. O nome Apple era bom porque era simples e afastado desse mundo tech, as cores demarcavam a empresa ainda mais.



O que é que a trincadela na maçã representa? É uma referência ao termo Byte (homófona de Bite (trincadela) em inglês)? Um a referência ao Adão e Eva e o fruto proibido? A fruta é uma referência à teoria da gravidade por Newton quando a maça lhe caiu na cabeça?

São teorias bastante interessantes mas temo que nenhuma destas razões teve alguma coisa a ver com a solução. Dum ponto de vista de designer e talvez já tenham experenciado isto, um grande fenómeno é ter um logo por quaisquer razões que o tenhas desenhado descobrir mais tarde porque é que tomaste certas opções. São todas treta, é um mito urbano, alguém acha que deve ser isso e começam a contar que é isso.

É possível que tenhas sido influenciado subconscientemente por estas histórias?
Bem, provavelmente sou a pessoa menos religiosa de sempre por isso Adão e Eva não tiveram nada a ver com isso. A trincadela do conhecimento soa muito bem mas também não foi isso. Há outras grandes teorias sobre isto. Alan Turing o suposto pai da ciência de computação que cometeu suicídio nos anos 50 era britânico e foi acusado de ser homossexual, e de facto era. Ele foi sentenciado à cadeia e cometeu suicídio para evitar tudo isso. Eu já ouvi dizer que o logo multicolorido é uma homenagem a ele por causa da bandeira gay. Isso foi uma teoria acreditada durante muito tempo. Outra parte muito apelativa era que ele tinha cometido suicídio com uma maçã com cianeto e que a história de criança favorita dele era a Branca de Neve quando comeu a maçã envenenada e ficou em coma à espera do beijo do príncipe encantado. Toda gente fica desapontada com a verdadeira razão. Na verdade desenhei a trincadela para dar escala e percebermos que era uma maça e não uma cereja! Também era algo icónico dar uma trincadela numa maçã. Algo que toda gente pode experimentar, transversal a todas as culturas, se alguém tem uma maçã é normal que a trinque. Foi depois de a ter desenhado que um dos meus directores me disse: sabes há um termo no mundo da computação chamado Byte, eu respondi, tás a brincar!? Era perfeito mas apenas uma coincidência, na altura não percebia nada de computadores ou dos termos ligados a eles.

Obviamente que não desenhaste o logo num computador!
Na verdade e isto é uma revelação para muitos jovens designers, recebo muitos e-mails acerca do logo e perguntam-me: desenhaste-o num computador? E claro que na altura os computadores não conseguiriam fazê-lo, foi passados anos quando o Mac foi desenhado, desenvolvido e refinado que comecei a desenhar via computador. Na altura era tudo feito no papel com lápis, cola, papel cortado, canetas e toda essa artilharia.


Como te sentes por ver o teu logo por todo lado?

É uma experiência deveras única, ainda  me sinto feliz quando o vejo inesperadamente. Estás a ver um filme ou a tv e vês um personagem carismático com um computador com o logo, como a Meryl Streep em Devils wears Prada. Eu já viajei bastante e quando o logo ainda era recente com as tiras coloridas vi-o num outdoor na China algures. Não conseguia ler os caracteres chineses, mas algo que tinha saído da minha cabeça estava ali para todos verem e interpretarem. É uma coisa bastante pessoal, é como ter um filho e estás muito orgulhoso dele.

Gostas das mudanças que a Apple fez ao teu design inicial ao longo dos anos?
Gosto. As tiras serviram o seu propósito e estavam datadas. Eu penso que é bastante importante para uma marca como a Apple se manter na vanguarda e o Steve Jobs é obviamente muito consciente disso e tem designers fabulosos a trabalhar com ele. Sinto-me bem por ainda ser a mesma silhueta apesar de já ter tido montes de mudanças. A forma da maça mudou ligeiramente do design original. A firma de design Landor&Associates fez as mudanças. Eles deram mais brilho às cores, fizeram as formas mais simétricas e geométricas. Quando o desenhei foi basicamente à mão. Muitas vezes penso para mim mesmo porque é que não o fiz eu e chego à conclusão que não era uma coisa fácil na altura. Penso que fizeram um excelente trabalho e vai ser fascinante ver o que a próxima intervenção fará ao logo.


Que outros projectos tens para te orgulhar?

As pessoas acham que continuei a trabalhar em design puro e fiz um montes de outros logos. Fiz alguns logos mas a minha carreira rumou para a publicidade impressa e em televisão. No que diz respeito a logótipos não fiz nada de referência nem que se aproxime da qualidade do logo da Apple. É um problema quando fazes algo que toda gente conhece tão cedo na carreira, é sempre a descer a partir daí. Eu estou orgulhoso de todos os projectos nos quais estive envolvido. Fazer um anúncio de TV que é uma coisa que demora um pouco a interiorizar. Na publicidade trabalha-se com imagens juntamente com as palavras , trabalhas com mais gente. Há mais hipóteses de chegar a um imaginário de duplicidade tem a ver com coloquialismos e tudo isso. Tenho muito porque me orgulhar depois da Apple.

Usas Macs actualmente? Ainda estás no activo?
Gostava muito de me reformar, mas nesta economia não dá mesmo. Eu uso um Mac para trabalhar, usei sempre Macs toda a minha carreira. Não faço a mínima ideia como se usa um PC. Fui leal à marca sempre ainda que os produtos sejam um pouco mais caros. Nem sequer penso mudar, para trabalho gráfico a Apple é superior à Microsoft.

Podes-nos dizer um logo que gostes muito e que não tenha sido desenhado por ti?
Há bastantes, Eu adoro outros designs clássicos. O logo da Volkswagen porque é bastante claro e já existe há tanto tempo. Estou a tentar pensar noutros que incorporem o policromatismo como o  logo da NBC. Eu gosto de logos com uma relação entre o espaço positivo e negativo, onde alguma coisa é revelada.

Gostas do logo da FedEx?
Sim é um logo que aprecio bastante. É muito simples e se o estudares percebes o elemento dinâmico da seta. É este tipo de logos que me dizem algo.

Podes dizer-nos o que é preciso ter em conta quando se desenha um logo?

A coisa principal é mantê-lo simples, porque os designers especialmente os mais inexperientes tendem a sobredesenhar e a colocar coisas a  mais nos seus designs. Penso que quem tenta trabalhar demais um logo, dar-lhe significado a mais acaba por ter algo complexo em demasia. Os logos têm que ser interpretados desde um tamanho muito grande até um tamanho muito pequeno e isso é um trabalho difícil. Eu penso que a legibilidade é a chave, nós desenhamos para um público que não tem a mesma percepção que nós e não se importa tanto quanto nós a não ser que o logo lhes capte a atenção imediatamente. Capturar a imaginação do observador com alguma coisa que lhe é revelada é também muito importante. Tem que se fazer os possíveis para capturar a personalidade da marca.

Uma grande percentagens dos designers activos nunca receberam formação oficial. Apesar disso muitos deles fazem trabalhos bons, pensas que a formação é fulcral?
Bem. eu não acho que seja fulcral, até porque aprendi muito mais sobre design depois de começar a trabalhar não na escola. Penso que alguém que é muito bom designer tem um talento inato para ver de uma certa forma. Eu sei que eu tenho isso, eu tendo a ser uma pessoa muito visual e pouco verbal, acho que isso é uma qualidade muito importante. Infelizmente hoje em dia toda gente tem todas as ferramentas ao seu dispôr quer saiba o que está a fazer ou não, toda gente acha que é muito talentosa apenas porque sabe uns truques do Photoshop. Concluindo, não, náo é preciso formação oficial é preciso é ganhar experiência trabalhando.



Questão final, o que tens a dizer aos leitores mais jovens, qual deve ser o seu foco para se tornarem bons designers?

Isto é uma coisa que costumo dizer aos meus miúdos: Eu faria isto mesmo que não fosse pago, porque eu gosto de o fazer, hoje em dia muita gente quer trabalhar para as grandes agências só porque têm as ferramentas para fazê-lo. É cada vez mais difícil obter trabalho e há muita gente a trabalhar de borla porque acham que vão arranjar um lugar numa empresa dessa forma porque há tanta competição.»

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Logótipo da Braga 2012 Capital Europeia da Juventude

Posted on 27 Janeiro, 2012 by ideoma

Portugal este ano apesar da crise que nos "encobre" tem motivos para se sentir orgulhoso, um deles já foi aqui abordado, a Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura agora temos também a eterna "rival" Braga com o título de  Capital Europeia da Juventude de 2012. Com os eventos aparecem as identidades gráficas, que é o que nos interessa neste blogue, neste caso o logótipo escolhido a partir de um concurso público foi o que vemos na imagem em cima. O logótipo é da autoria da designer Catarina Azevedo Campos e é um Y (Youth – Juventude) de cor azul e com um grafismo vibrante e ousado, o título aparece num tipo de letra "stencil"  e o subtítulo imediatamente por baixo escrito em Helvetica com duas variações de espessura.

O símbolo "Y" transmite um espírito jovem, o grafismo adotado é bastante dinâmico e irreverente recorrendo a uma simulação de vibração e movimento, a cor azul dizem-nos que é a da cidade ( se tivermos como modelo o brasão e bandeira  bracarenses) mas não nos parece a melhor opção visto ser uma cor formal,  fria e estática , um pouco a antítese do que a forma nos transmite. Existem versões de outras cores nomeadamente o amarelo, laranja e cor de rosa e ai é onde o logótipo se revela como uma perfeita "luva" no espírito do evento.

Concluindo, este é um logótipo bem representativo da natureza do evento, da juventude mas que não aposta em nenhum pormenor da personalidade bracarense que poderia ser uma maneira de enriquecer e promover a identidade da cidade e o turismo da mesma. De uma forma geral o logótipo parece-nos muito bem conseguido e uma boa escolha visto que teve origem num concurso.

 

Em baixo deixamos o texto de apresentação escrito pela designer e um par de comentários pertinentes:

 

Y, a leitura universal de “Youth”

«Braga será, por um ano, símbolo e centro da juventude europeia, representando o conjunto de todos os jovens. A necessidade de um signo figurativo universal que expresse energia, vigor, frescura, alegria e bom humor guiou o desenho do logótipo.

A construção desta imagem foi realizada a partir das características físicas representantes dos conceitos "capital" e "juventude".

Um logótipo de linhas fortes, formas de grandes dimensões e “lettering” em caixa alta, organizados numa composição vertical, transmitem a importância que a cidade de Braga terá como cabeça principal onde se irá centralizar o poder e a representação dos jovens.

As linhas rectas, oblíquas e de sentido ascendente, combinadas com uma cor saturada, intensa e luminosa e formas triangulares, reflectem a simbologia do espaço de tempo que engloba a infância e a adolescência.

O uso do "Y" propõe uma leitura universal da palavra "youth", ao mesmo tempo que obedece a todas as características físicas descritas anteriormente, transportando assim, em si, a simbologia pretendida.

O resultado final é um logótipo com uma personalidade repleta de pujança e energia, de leitura imediata e universal, perfeitamente adaptável a qualquer suporte publicitário».

Catarina Azevedo Campos | Designer autora do logótipo

 

«Para além da representação óbvia do Y de “YOUTH”, a ilusão de movimento alude à simbólica atitude do jovem que corre a abraçar o futuro».

 Rui Prata | Director do Museu da Imagem e membro do Júri.

 

«Logótipo facilmente reconhecível, que utiliza as cores da cidade, conferindo-lhe dinamismo com o desfoque causado; sou de opinião de que “less is more”: o essencial está lá, sem grandes "distracções" da intenção comunicativa que o logótipo pretende transmitir».

João Luís Taveira Peixoto | Designer e membro do Júri

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Novo logótipo da FADU (Federação Académica do Desporto Universitário)

Posted on 15 Novembro, 2011 by ideoma

A Federação Académica do Desporto Universitário (FADU) mostrou recentemente ao mundo a sua nova imagem desenhada pelo estúdio Bracarense Gen Design Studio. A FADU tinha um logótipo que datava do seu aparecimento em 1990 e como tal tem o aspecto datado da altura na qual se utilizavam formas baseadas na geometria pura e as cores obedeciam igualmente a um paradigma de pureza. Este logótipo tinha aspectos bastante positivos na originalidade e invenção por detrás do mesmo visto que a marca era a junção das letras do título FADU, apesar de ser uma boa ideia a forte identidade da altura impediu a sua maturação sem sofrer um aspecto de ultrapassado.

O novo logótipo embora seja baseado na forma circular tem um manancial extenso de formas e uma dinâmica muito grande configurando ritmadamente uma composição interessante e com um significado por detrás.

Cada mancha que forma o anel do logo é retirada de uma maneira muito lassa de um dos desportos contidos na FADU em pictogramas que nos fazem lembrar o grafismo dos mesmos nas olimpíadas de Beijing. Cada um destes desportos tem a sua variante do grafismo onde a sua posição no anel é sublinhada pelo uso de cor e pela forma completa da dinâmica dos seus movimentos e características visuais.

O passo dado pela FaDUé gigantesco e apraz-nos ver que no nosso país se fazem bons trabalhos por empresas de cá para empresas de cá. Temos que saber olhar para o que se faz bem no nosso país ainda mais numa altura exigente como esta em que o descrédito para com ele é um sério factor de desmotivação.

A FADU está de parabéns por reconhecer qualidade e a Gen por gerá-la.

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Novidade logótipos: Planta

Posted on 27 Outubro, 2011 by ideoma
"Faz Bem aos Seus" é o slogan da Planta, produto da Unilever  representado em Portugal pela Jerónimo Martins que recentemente apareceu com um novo logótipo e nova embalagem no mercado, o nosso estúdio não poderia deixar de comentar esta nova imagem visto que este produto apareceu há mais de 60 anos, em 1958 e é um clássico das casas portuguesas.
 
 
O logótipo anterior contava com uma tipografia "handwritten" (escrita à mão) com duas pequenas silhuetas de pessoas a povoar o título, uma sentada no primeiro A recostada contra o L e outra mais dinâmica a saltar o travessão do T. O logótipo era simples, representativo e claramente pretendia passar uma imagem de saúde e energia tanto pelo aspecto espontâneo da tipografia como pelos elementos humanos. Todavia o logótipo era muito pouco trabalhado e dava a sensação de estar inacabado ou de ser um esboço de apresentação de uma ideia que seria melhorada, equilibrada e maturada.  Com o novo logótipo esta sensação já não tem lugar e podemos adiantar que está muito bem conseguido, o novo logo remete-nos e bem para o mundo vegetal  na nossa opinião visto que o forte deste creme para barrar é utilizar como matéria prima os vegetais e daí se chamar Planta. Neste logo a tipografia torna-se mais maquinal apesar de ainda ter bastante fluidez e orgânica que encontra harmonia no grafismo das quatro flores simuladas com pinceladas coloridas que completam a composição.

 

 

Pensamos que a evolução é bastante positiva e apraz-nos quando assim acontece, infelizmente temos bastantes casos no panorama português em que as imagens gráficas das empresas andam para trás.
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Os nossos logótipos: Vera Nascimento

Posted on 10 Outubro, 2011 by ideoma

 

Este logótipo foi feito para uma cliente brasileira que trabalha em turismo principalmente o que diz respeito à  zona de Pará, um estado brasileiro do norte. O briefing pedia para trabalharmos tendo como referência não só a paisagem mas também o artesanato, fruta típica, actividades, locais a visitar entre outros, era pedido para captar a essência do local.

As propostas que preparamos numa primeira fase iam desde trabalhos mais gráficos que retratavam ex-libris e ambientes daquela região, outros buscando inspiração no artesanato Marajoara (os nativos da região) outros nos frutos típicos como o açai ou o cupuaçu, outros ainda simplesmente buscando as cores daquele contexto geográfico.

É o caso do logótipo escolhido, um logótipo abstracto cuja identidade paraense vem apenas do uso das cores e geometria que faz lembrar folgadamente o artesanato nativo que já falamos antes. Neste logótipo podemos ver uma figura humana no centro que se encontra rodeada por figuras geométrica coloridas que configuram uma espécie de  círculo. As cores foram retiradas das águas azul- turquesa do mar, do purpura do açai, do vermelho do artesanato, o laranja do cupuaçu e o verde da frondosa vegetação local. A tipografia utilizada foi a Optima que dá um aspecto formal mas ao mesmo tempo moderno, aliando a sofisticação do título à espontaneidade do símbolo.

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Logótipo Universal dos Direitos Humanos

Posted on 28 Setembro, 2011 by ideoma

Recentemente no dia 23 de Setembro foi escolhido o logótipo dos direitos humanos, a ideia era chegar a um logótipo universal grátis para quem quiser o utilizar e sem quaisquer restrições de uso.

Foi um evento importante para promover a temática em questão, ou seja a promoção da justiça no mundo e a defesa dos direitos humanos. O concurso foi bastante democrático uma vez que era aberto a toda gente, designer ou não designer, e foi levado a cabo com votações pela internet no site do evento apesar de ter um júri interno muito distinto com vários prémios Nobel, políticos de renome mundial, activistas, designers etc. Entre os nomes deste júri estavam personalidades como Mikhail Gorbatchov, Muhammad Yunus e Aung San Suu Kyi, pessoas excepcionais e devotas desta causa.

Foram submetidos cerca de 15 mil logos originários de mais de 190 países e diríamos que 90% dos quais eram muito maus, com aspecto amador, utilizando imagens retiradas de outros logos, desenhos à mão etc.

Destes milhares de propostas foram escolhidos 10 finalistas (em baixo, com a excepção do vencedor) e foi levada a cabo uma votação online para escolher o melhor.

O vencedor foi o projecto do designer sérvio Predrag Stakić de 32 anos que recebeu 5000€. O logótipo que podemos ver no início do artigo representa uma mão aberta que partilha a forma com uma pomba a esvoaçar.

O projecto vencedor é um logótipo muito diverso do design institucional que costumamos ver nas entidades e órgãos desta natureza e contexto como por exemplo as Nações Unidas, Unicef, Unesco etc. O logo vencedor como já dissemos em cima é uma mão aberta colorida de azul que nos remete para a forma de uma pomba, símbolo universal da paz. Esta dicotomia entre mão e pomba foi muito recorrente nos milhares de participações inclusivamente noutro dos finalistas e já tinha sido testada há bastante tempo atrás particularmente por um arquitecto do século 20 de seu nome Charles Edouard Jeanerette mais conhecido por Le corbusier que além de ter desenhado várias vezes este híbrido mão/pomba  tem também uma escultura em Chandighard, Índia com o desenho materializado e que é conhecida como o monumento da Mão Aberta.

Falando do desenho do logótipo vencedor parece-nos que tem mestria, tem poder gráfico mas ao mesmo tempo parece-nos um pouco desfasado da realidade, depurado demais, industrial. Pensamos que ganharia se mantivesse o aspecto mais equilibrado entre mão e pomba, da maneira como está pode não indiciar facilmente a parte da pomba da paz. Apesar de ser um logótipo bem desenhado apresenta linhas agressivas, os dedos são pontiagudos e o tema da mão aberta/ pomba não nos parece ser o melhor neste caso uma vez que a nosso ver os Direitos humanos deveriam ser representados por símbolos mais aproximados com a identidade do humano, uma face ou o perfil de uma cara por exemplo. O logótipo escolhido parece-nos pouco adequado ao público-alvo, ou seja, toda a humanidade, este tem um aspecto demasiadamente empresarial e comercial pensamos que uma imagem mais parecida com a do logótipo do Conselho dos Direitos Humanos das Nações unidas seria mais confortável neste contexto.

Conclusão, embora este logótipo seja de grande qualidade pensamos que não se adequa integralmente ao próposito de representar de uma forma humanizada o motivo dos Direitos Humanos. Todavia acreditamos que a votação foi justa, o concurso acessível e é de louvar toda a mecânica  para a escolha do logo.

Esperemos que este novo símbolo universal ajude a combater as injustiças e faltas de respeito pelos direitos do Homem e que seja uma bandeira importante na obtenção da igualidade entre todos os membros da humanidade.

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Os nossos logótipos GATO NA LUA

Posted on 2 Setembro, 2011 by ideoma

 

Quando nos chegou ao estúdio este projecto ficamos deveras contentes pois tínhamos oportunidade de trabalhar para um  público-alvo exigente e sincero, os miúdos. Esta encomenda foi feita pela Gato na Lua uma editora de livros infantis que está a dar os primeiros passos no mercado. A denominação Gato na Lua não deixa margem para grandes devaneios mas mesmo assim ainda percorremos uma meia dúzia de soluções até chegar em diálogo com o cliente à solução final. Este foi um trabalho no qual tivemos que pegar na mesa de desenho digital e dar largas à espontaneidade do traço tentando criar um logótipo com muita personalidade e bem representativo da editora. Em baixo explicamos brevemente cada uma das soluções que apresentamos.

Pegando no mote da interacção divertida e alegre (referida no briefing da editora) construímos um logótipo em que um gatinho está literalmente “na lua” ou seja deitado nesta a olhar para o observador com um ar traquinas.
A combinação entre preto do gato e amarelo da lua é uma mistura de cores muito poderosa e icónica.

Nesta proposta temos um gato literalmente na lua, isto é o gato está na superfície lunar e podemos vislumbrar as estrelas e o planeta terra no horizonte.

Neste caso temos a mesma ideia do gato na superfície lunar com um grafismo mais simples e com um aspecto espontâneo de desenho à mão livre.

Nesta solução fundamos uma nova ideia, o “gato na lua” em vez de ser um gato sobre a lua ou na superfície física da lua é um gato em frente à lua e à sua luz enquanto lua cheia. Aqui temos a silhueta de um pequeno gato a brincar à frente do disco lunar.

Por fim temos uma versão mais colorida do logo anterior no qual a lua volta a ser um círculo amarelo com a textura rugosa que a caracteriza.

Este é o último exemplo desta ideia da lua esférica com o gato por cima, neste caso temos uma proporção bastante diferente na qual o gato é maior e está em cima da lua numa posição de indagação e curiosidade para com o objecto no qual está instalado. Foi este o esboço escolhido pelo cliente para continuar o desenvolvimento do logo até se transformar na solução final.


Devido à aplicação do logo da Gato na Lua nos livros tornou-se imperativo termos uma versão horizontal da composição símbolo/título que forma o logótipo.

 

Como podem ver na primeira imagem do artigo os elementos modificaram em termos de proporção, o gato diminuiu em relação à lua e o grafismo tornou-se mais espontâneo com riscos brancos a delinear as formas do gato. O tipo de letra continuou o mesmo visto que combinava bem com o tipo de grafismo do símbolo e é reminiscente do traço desajeitado das crianças a aprender a escrever.


 

Também projectámos um desdobrável com as primeiras edições da Gato na Lua assim como paginamos os próprios livros.

Por fim elaboramos o website da editora.

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Logotipos das Secretas Portuguesas

Posted on 31 Agosto, 2011 by ideoma

Como é nosso apanágio gostamos de falar de temas actuais e hoje ao ver o telejornal reparei no logótipo do SIED (Serviço de Informações Estratégicas de Defesa) , um mocho com ar ameaçador mas com um grafismo muito bem executado. Após uma breve pesquisa pela internet descobrimos que não há muita informação para ser analisada em termos gráficos ou não estivessemos a investigar  instituições secretas!  O que descobri sobre o SIED é que se tornou SIEDM (Serviço de Informações Estratégicas de Defesa e Militares) em 1995 e que tem um brasão onde figura uma coruja em cima dum elmo medieval que por sua vez está em cima dum escudo com a esfera armilar a decorá-lo, por baixo em faixas ondulantes o lema " Adivinhar Perigos, e Evitallos".

O logótipo  é  uma versão muito estilizada e modernizada deste brasão onde a coruja se transforma numa espécie diferente ( devido ás "orelhas" caracteristicas desta ave) que assume o protagonismo e ao qual é adicionado o lema num tipo de letra  Fraktur com a tipica ligação aos tempos medievais dos monges copistas. Este logo é estranho pois a execução do símbolo do mocho está impecável e depois os títulos em algumas versões e o lema em outras aperece-nos muito mal conseguido e nada consentaneo com a coruja. A simbologia da coruja parece-nos muito representativa do que esta instituição faz sendo uma ave fugidia e rara de se avistar que tem a sua actividade na escuridão da noite e que apanha as suas vítimas sem estas estarem à espera. Um predador excepcional para uma instituição excepcional. A coruja é um animal sobejamente representado no mundo gráfico e este é um dos casos onde vimos uma das melhores estilizações da mesma.Tal como seria de esperar não conseguimos informação sobre o designer que fez o logotipo.

Na pesquisa surgiu também o brasão do SIS ( Serviço de Informações de Segurança), como não poderia deixar de ser vamos também escrever sobre o mesmo. Neste caso temos um logótipo de uma fraca qualidade gráfica e que mostra um escudo com 8 castelos em vez dos 7 castelos oficiais da bandeira ( talvez seja um castelo secreto da nossa história) e uma águia no centro do mesmo, as cores são o amarelo (dourado)  na borda do escudo e os castelos são representados a negro, o aspecto da águia é nitidamnete uma águia-careca  retirada da simbologia norte americana e particularmente da Central Intelligence Agency (CIA), por cima em faixas o lema "Principiis Obstare", por baixo também em faixas " Serviços de Informações de Segurança". Neste caso não temos nenhum laivo de criatividade nem de qualidade gráfica.

Recentemente este brasão/logótipo foi actualizado e a águia tornou-se ainda mais parecida com a da CIA, ou seja de perfil, o lema passou para baixo do escudo e temos a adição de uma coroa que sublinha a mistura do grafismo reminiscente do norte-americano com elementos monarquicos o que é paradoxal.

  • A cabeça e pescoço de águia simbolizam a vigilância para detecção das ameaças à segurança interna e representam o olhar profundo, simultaneamente pesquisador e analítico.
    O olhar da águia representa a inteligência. O bico fechado acentua a postura vigilante e perscrutadora.
    O campo de negro, cor representativa da terra, alude ao território nacional cuja segurança interna é missão do Serviço assegurar.
    As oito torres altas numa bordadura de ouro simbolizam a protecção e a segurança. A sua disposição segundo os quatro pontos cardeais e os quatro colaterais representa a intenção de detectar e defender de ameaças provenientes de qualquer direcção.

    A coroa decorativa, transmite a ideia de dignidade e nobreza da missão.

    Os esmaltes simbolizam:
    NEGRO: prudência.
    OURO: sabedoria.
    PRATA: integridade.

    DIVISA: principiis obstare, significa que a acção do Serviço de Informações de Segurança visa antecipar os perigos, prevendo e detectando as ameaças logo no início, a fim de alertar em tempo útil, de molde a prevenir, antes que se concretizem.

    in www.sis.pt

Temos ainda o SIRP (Sistema de Informações da República Portuguesa) que tem um brasão da família do do SIED no qual a disposição dos elementos é semelhante, isto é temos uma ave a encimar a composição que deduzimos que seja uma Fénix que está em cima de um elmo que assenta sobre um escudo com o desenho de duas lamparinas, uma ponte e uma esfera armilar semelhante à que vemos no escudo do SIED.

Com certeza que os serviços secretos protugueses têm mais na agenda do que se ocuparem  de ter uma boa imagem gráfica mas caberia na nossa opinião ao governo ter um organismo que gerisse a imafgem gráfica de todos os organismos que tutela, gastam-se rios de dinehiro em eventos como a vinda do Papa a Portugal ou o Centenário da República e depois falha-se redondamente noutros campos.

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Os Nossos Logótipos, SEIVA

Posted on 17 Agosto, 2011 by ideoma

A “Seiva”  é uma marca pertencente à Móveis T.M. e surge em 2001 com o intuito de representar uma nova filosofia inovadora e que aposta em design de qualidade recorrendo a designers e utilizando materiais naturais principalmente a madeira maciça.
Procuramos neste trabalho mostrar a ideia de seiva misturando um grafismo que nos remete para a árvore em si e os seus ramos mas também para a nervura das folhas por onde a seiva corre. Construímos um logótipo bastante representativo apesar de ser muito contido, a utilização do círculo remete-nos para a secção de um tronco de madeira e as linhas que o atravessam claramente referem-se à imagética das ramificações e nervuras que todos conhecemos. A cor escolhida foi uma exigência do nosso cliente que pretendia um logo com tons quentes de acordo com o toque natural da madeira e de acordo com a identidade gráfica que tinham anteriormente. O título foi composto com a tipografia Museo na inicial "s" e no término "a" enquanto que as restantes letras são Museo Sans, escolhemos este tipo de letra devido ás formas fluídas e delicadas que nos sugerem o natural e espontâneo

Este é o logo anterior da marca.

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Os nossos logótipos EXATTA

Posted on 12 Agosto, 2011 by ideoma

A Exatta é uma nova empresa que vende materiais de construção e que faz projectos de design de interiores oferecendo aos clientes um serviço completo e profissional.


Este trabalho foi uma encomenda de um Pacote Executivo no qual o extra foi o naming da empresa. Neste caso começamos pelo fim, ou seja pelo extra, começamos por encontrar o nome perfeito para a empresa. O nosso cliente pretendia um nome que oferecesse os valores da empresa ao observador, rigor, profissionalismo qualidade e bom design. Da vasta lista de propostas que desenvolvemos o nome escolhido foi Exatta, um híbrido entre exacta e esatta, ou seja uma palavra portuguesa e outra italiana. Exatta é um nome que transparece rigor, diligência e esforço e parece-nos o nome ideal para esta empresa, a primeira parte do trabalho correu bastante bem.


Após termos a denominação da empresa elaboramos um logo que representa de um modo abstracto a materialidade e a construção apresentamos uma espécie de cubo em perspectiva axonométrica. É um logo muito simples mas que pela sua neutralidade é perfeitamente capaz de representar todos os campos de acção da Exatta ao mesmo tempo que é um símbolo com impacto. Tivemos sempre em conta o potencial gráfico do logótipo e a sua força em termos de apreensão pelo observador apostando em formas simples e fáceis de assimilar dando-lhe um aspecto conotado com a criatividade, profissionalismo e funcionalidade.

Depois de trabalhadas todas as versões do logótipo elaboramos a identidade gráfica tendo em conta obviamente as potencialidades, cores e geometria do logo e que podemos visualizar em baixo.

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16 Dezembro, 2016

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